A União Internacional das Telecomunicações(UIT) das Nações Unidas publicou recentemente um relatório onde alerta para o crescente avanço das máquinas, em detrimento do homem, como principais utilizadores da Internet. O relatório "Internet of Things" descreve a próxima etapa da revolução tecnológica com humanos, equipamentos tecnológicos, objectos inanimados e bases de dados todos interligados através da Internet. Actualmente existem cerca de 875 milhões de utilizadores da Internet no mundo, um número que pode duplicar se os seres humanos continuarem a ser os utilizadores primários.

O relatório revela que existem sinais que demonstram que se caminha para uma nova era onde os "utilizadores da robótica na Internet serão contados em mil milhões e os seres humanos tornam-se numa minoria geradora e receptora de tráfego".

A ITU elege como principais contributos para este tipo de avanços um número limitado de tecnologias onde se incluem identificação por radiofrequência (RFID), novas tecnologias de sensores, equipamentos inteligentes a nanotecnologia.

O relatório acrescenta ainda que o novo paradigma visa fornecer computação onde se deseja, quando se deseja, o que se deseja e como se deseja, através de informações virtuais, serviços e aplicações.

Os dispositivos remotos controlados pelo computador em casa, os produtos das lojas identificados através de sensores, assim como o protótipo dos veículos com sensores que visam evitar a colisão são exemplos da crescente inovação tecnológica.

A ITU destaca ainda a crescente autonomia dos produtos industriais devido às capacidades da computação, nomedamente os frigoríficos que podem comunicar autonomamente com as lojas grossistas ou com as máquinas de lavar que interagem com a roupa.

Paralelamente, a expansão da indústria das TIC em diversos campos que vão desde a saúde à indústria de entretenimento coloca também desafios aos seres humanos, nomeadamente as questões da privacidade.

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