A Bloomberg avança que alguns itens dos termos e condições do Facebook podem estar debaixo de olho das autoridades alemãs, responsáveis por tratar das questões da concorrência europeias, uma vez que a rede social de Mark Zuckerberg pode estar a aproveitar-se da sua grande popularidade para levar os utilizadores a concordarem com as condições de utilização gerais que, por vezes, podem não compreender na totalidade.

Estes dados que o utilizador acaba por ceder e permitir a utilização tornam-se úteis para elevar as receitas com publicidade geradas pelo Facebook, uma vez que os dados recolhidos permitem saber as tendências e padrões associados ao utilizador para que sejam apresentados conteúdos publicitários que vão de encontro aos seus gostos.

O advogado Frederik Wiemer esclareceu à Bloomberg que, do ponto de vista da entidade germânica, o Facebook está a “extorquir” informação dos utilizadores. “Quem não concordar com o uso dos dados, é expulso da comunidade da rede social. O medo do isolamento social é explorado para garantir acesso total às atividades de navegação dos utilizadores”, disse o advogado.

Recorde que, no final do mês de junho, o Facebook atingiu a meta dos dois milhares de milhões de utilizadores em todo o mundo, um valor que a rede social planeia fazer subir para os cinco mil milhões por volta de 2030.

O líder da autoridade alemã, Andreas Mundt, responsável pelas questões da concorrência, adiantou a semana passada, segundo a Bloomberg, que está ansioso por apresentar os primeiros resultados da investigação que está a ser levada a cabo, algo que deve acontecer ainda este ano. Mundt acredita que o caso lida com “questões centrais para assegurar a concorrência do mundo digital no futuro”.

Recentemente deu para perceber como as redes sociais estão debaixo de olho com a Google em risco de receber uma multa no valor de 2,42 mil milhões por abuso de posição dominante.