Mesmo com o encerramento da Silk Road e do AlphaBay, a Dark Web continua a ser terreno fértil para a fixação de mercados negros virtuais. E o Dream Market é um dos mais profícuos da atualidade.
Na plataforma não se encontram drogas nem assassinos por contrato, como existiam nos outros casos, mas vende-se todo o tipo de ferramentas para a prática de crimes cibernéticos. De acordo com a Terbium Labs, que investigou as operações desta página ao longo de vários meses, os comerciantes aqui registados não vendem apenas software, mas também guiões detalhados para a prática de fraudes e packs de identidades roubadas online.
Este último "produto", que é geralmente conhecido como "fullz", contém nomes pessoais, números de segurança social, datas de aniversário e outras informações pessoais acerca de milhares de utilizadores. No Dream Marketplace, os dados são vendidos por valores a partir dos 52 dólares.
A empresa garante ainda que existem conjuntos de dados exclusivamente pertencentes a crianças. Os valores de venda ao público, neste caso, aumentam exponencialmente, pelo que o preço base chega aos 312 dólares.
Segundo a Terbium Labs, a aquisição de "fullz" é feita geralmente com o propósito de ajudar um utilizador a montar um esquema que lhe permita fugir aos impostos.
"Nestes mercados não é comum vermos informações especificamente rotuladas como sendo pertencentes a crianças ou bebés", disse, em conversa com a CNN, o diretor de análise da Terbium Labs.
Segundo o responsável, o elevado valor destes packs é também justificado pelo facto de os seus titulares terem registos de crédito limpos, facilitando a emissão de cartões, empréstimos e a solicitação de subsídios estatais. Os packs não integram o nome completo dos pais, mas como sublinha a analista Emma Z, estas informações são facilmente encontradas através de uma pesquisa em bases de dados open source ou através de uma análise à presença online dos adultos com o mesmo nome de família destas crianças.
Note que, de acordo com o serviço britânico para a prevenção de fraude (Cifas), registou-se um número recorde de casos durante os primeiros seis meses de 2017, com um aumento de 5% face aos valores de 2016. Os roubos de identidade foram responsáveis por mais de metade deste número.
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