A compra do Twitter por Elon Musk é o principal assunto tecnológico da semana, fazendo correr tinta sobre aquele que é considerado um dos maiores negócios dos últimos anos nos seus 41 mil milhões de euros. A aquisição da rede social teve efeitos colaterais imediatos, não apenas na subida do valor das ações do Twitter, que acabou por ver suspensa a sua cotação na bolsa de Nova Iorque e o índice Nasdaq. Por outro lado, a valorização da Tesla começou a afundar, com o receio dos acionistas de que Elon Musk vendesse parte das suas ações para financiar a compra do Twitter.

O magnata começou por adquirir uma participação na empresa, que lhe daria uma posição de acionista maioritário. Depois avançou para a compra total, reunindo alguns investimentos estratégicos, como a JP Morgan, a fim de contornar os mecanismos de defesa contra take over, conhecido como “Poison Pill”.

Todas as notícias relacionadas com a aquisição teriam inevitavelmente de gerar uma onda de memes. Aliás, o próprio Elon Musk é o “rei dos memes" e não deixou de dar o seu contributo com algumas das suas habituais piadas “A seguir vou comprar a Coca-Cola para voltar a meter a cocaína dentro”. Houve quem fizesse a alusão das reuniões da direção serem feitas com cigarro de erva na mão, assim como muitas sugestões de próximas compras.

Veja na galeria os principais memes que estão a ser partilhadas pela internet:

Sugere-se que a Razer seja a próxima a ser comprada, para recuperar a torradeira: piada que tem inundado a caixa do CEO da empresa Min-Liang Tan, que já pediu para que deixem de enviar o meme. A compra do Mcdonalds, para que as máquinas de gelados possam ser reparadas, recebeu mesmo resposta do magnata que disse não poder “fazer milagres”. Também a compra da Amazon foi abordada, assim como a “libertação do passarinho azul”.

O certo é que tem havido algum desconforto generalizado com a aquisição da rede social, sobretudo no que diz respeito à sua bandeira de “livre expressão” na plataforma. Aliás, a Federação Internacional de Jornalistas, a maior organização mundial da profissão, condenou o projeto de aquisição do Twitter, vendo na operação uma ameaça à liberdade de imprensa. A organização diz que esta ameaça o pluralismo e a liberdade de imprensa e cria um terreno favorável à desinformação.