A Polícia Judiciária, através da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica (UNC3T), juntou-se à Europol, à Eurojust e a mais 17 entidades policiais internacionais para desmantelar a infraestrutura do Sparks Group. A rede de hackers, que estava sob investigação desde setembro de 2016, obtinha e divulgava ilegalmente na Internet filmes e programas de televisão protegidos por direitos de autor.

Em comunicado, a PJ avança que, no âmbito da Operação Sundance, foram desmantelados setenta servidores do Sparks Group: 60 deles na América do Norte e os restantes 10 na Europa e Ásia. Vários dos principais suspeitos da rede de cibercrime foram detidos no Chipre e nos Estados Unidos. Em Portugal, a PJ realizou buscas domiciliárias, diversas apreensões e desmantelou um dos servidores de partilha e distribuição dos conteúdos ilegais.

Desmantelamento da rede de hackers Sparks Group
Desmantelamento da rede de hackers Sparks Group Imagens das buscas feitas na Alemanha, Coreia-do Sul, Portugal, Espanha, Suécia e Suíça. créditos: Eurojust

O grupo terá reproduzido e divulgado centenas de filmes e programas antes da sua data de lançamento oficial, incluindo quase todos os filmes lançados pelos principais estúdios de produção nos Estados Unidos, causando prejuízos na ordem das dezenas de milhões de dólares.

A Europol explica ainda que a estratégia dos criminosos consistia em enganar empresas revendedoras de filmes ou programas para obter discos Blu-ray e DVD com conteúdos inéditos, prometendo não distribuí-los antes das datas de lançamento oficiais.

No entanto, assim que recebessem os produtos, os hackers usavam um software especial para “contornar” as proteções de direitos de autor. O conteúdo ilegal era depois divulgado e reproduzido em plataformas de streaming, assim como redes peer-to-peer e torrent.