O humorista britânico, e fundador da That Lot, levou os seus argumentos aos palcos do Web Summit, estabelecendo um paralelo entre as críticas que se fazem aos supostos malefícios da grande rede e a “media” de outros tempos.

Afinal qual é a diferença entre o momento de introspeção em que vai cada um com o seu smartphone na mão, no comboio ou o antigamente, quando ia cada um a ler o seu jornal? Ou mesmo ler um livro?

A internet exige sim novas regras de ética, defendeu David Schneider. “O problema não é quando os jovens estão todos de telemóvel na mão. O problema é se apenas um deles estiver de telemóvel na mão”, referiu. A ideia é que mesmo de telemóvel na mão, podem, na mesma estar a comunicar uns com os outros.

Acrescente-se o sentimento de "ritual" que estes e outros comportamentos, como o ato de tirar selfies, envolvem e, por sua vez, a sensação de comunidade.

David Schneider também apregoou as vantagens deste mundo novo, em termos de “imediatez”, que chega ao nível em que alguém pode salvar-nos da crítica situação de falta de papel higiénico numa qualquer casa de banho pública, graças a um tweet.

E não esquecer o humor, que pode pôr alguém a comentar no Twitter que “pensava que Ariana Grande era um tipo de letra”ou que o que Lance Armstrong fez não foi nada na história do ciclismo, face áquilo que os protagonistas do E.T. "tomaram"...

“Temos pessoas a fazerem piadas a toda a hora, a toda a altura, que partilham nas redes sociais, pessoas que criam coisas interessantíssimas a partir das suas salas de estar em casa, dos seus estúdios”.

Para o humorista britânico, devemos celebrar a criatividade da internet “acima de tudo”, que, “de certeza, não faz de nós mais estúpidos”.

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