Chegou ao Kickstarter em maio de 2012 e pedia 35 mil dólares para criar um jogo ao estilo Monopoly que tinha como principal atrativo as peças, criadas pelo artista Paul Komoda.


O projeto lançado por Lee Moyer e Leith Baker, um artista e um designer de jogos, acabou por reunir 122,874 dólares, graças aos donativos de 1.246 apoiantes, mas acabou por não ser concretizado. Depois de várias atualizações de estado, que foram garantindo que o jogo estava a ser desenvolvido, em julho de 2013 os fundadores admitiram o fracasso e deram por encerrado o projeto.

Quem contribuiu para a criação de The Doom That Came to Atlantic City nunca chegou a receber de volta o dinheiro que tinha doado ou as recompensas a que tinha direito, peças exclusivas criadas pelo artista contratado e cópias do jogo.


A FCT (Federal Trade Commission) pegou no caso e concluiu que houve fraude. Determinou agora que os promotores da companha têm de compensar os apoiantes, mas também os proibiu, de forma permanente, de voltar a recorrer a plataformas de crowdfunding para arranjar financiamento para novos projetos.


O regulador considera que o projeto falhou pela má conduta dos promotores, que gastaram o dinheiro recolhido na campanha com despesas não relacionadas com o desenvolvimento do projeto, como rendas, licenças para outro projeto, equipamentos pessoais e até na mudança de escritórios para uma cidade diferente.


A um dos promotores da campanha do jogo foi também aplicada uma multa de quase 112 mil dólares, que este não pagou por não ter recursos para isso, embora o jogo tenha acabado por ser produzido por outra empresa.


O caso é o primeiro do género. A FCT nunca tinha analisado e tomado uma decisão em relação a uma empresa que tivesse recolhido fundos através do crowdfunding, mas têm sido notícia vários projetos que acabaram por não se concretizar pelo que é muito provável que não seja o último.