Alan Raksky e mais quatros dos seus colaboradores confessaram as acusações de fraude que lhes eram imputadas. O Rei do Spam, como ficou conhecido, fazia subir os preços das acções que queria vender através do envio de spam.



O norte-americano de 64 anos, e sete cúmplices, terão usado um esquema de distribuição massiva de mensagens de e-mail para fazer subir o preço de acções de empresas chinesas, até aí pouco valiosas, em que eles próprios detinham títulos. Depois venderam as acções a preços artificialmente inflacionados acumulando ganhos ilegais.



Alan e mais quatro dos seus associados confessaram-se culpados, no tribunal de Detroit, de violação da legislação anti-spam, fraude através da internet e branqueamento de capitais. O rei do spam, que já foi condenado por fraude bancária em 1995, gabou-se de enviar 70 milhões de mensagens spam por dia.




Agora arrisca-se a ter de cumprir uma pena de prisão de mais de sete anos (87 meses) e a pagar uma multa no valor de 1 milhão de dólares (713 mil euros). O seu genro, Scott Bradley, de 38 anos, acusado dos mesmos crimes, enfrenta uma pena prisão de seis anos e meio e uma multa no mesmo valor que Alan.




John Brown, com 45 anos, assumiu ainda ter criado uma botnet para distribuir spam, e é também acusado de conspiração para fraude informática. Poderá ser condenado a passar 63 meses na cadeia e pagar 75 mil dólares (53.460 euros).



William Neal, de 46 anos e James Fite, de 36, também confessaram as acusações que pendiam sobre si.



Os cinco réus vão conhecer a sentença no dia 29 de Outubro. Continuam ainda a decorrer os processos de acusação contra os restantes três cúmplices.