A Roxio, produtora
norte-americana de software para a gravação de CDs, revelou que
pretende relançar o antigo serviço Napster de partilha online de ficheiros de música em formato MP3 antes do fim de 2003, noticiou a agência Reuters. O objectivo da empresa é, porém, lançar o serviço de forma legal, obtendo acordos com a indústria discográfica.

No seu ponto máximo, em meados de 2000, o Napster foi utilizado por mais de 60 milhões de pessoas que recorreram ao seu software para copiar e partilhar gratuitamente música digital, até que as cinco grandes companhias discográficas processaram a companhia acusando-a de violação de direitos de autor.

A companhia especializada em programas de gravação de CDs adquiriu os bens e o nome de marca do Napster no ano passado por 5 milhões de dólares, depois da anterior proprietária Bertelsmann ter sido impedida por um tribunal dos Estados Unidos de possuir legalmente a companhia, devido ao facto de um dos negócios do conglomerado alemão de média ser bastante semelhante ao do serviço Peer-to-Peer. Para além disso, o Napster já tinha declarado falência.

O objectivo da Roxio é relançar o serviço de forma a que funcione de uma forma legal. Para tal, a empresa encontra-se neste momento em negociações com as cinco maiores companhias discográficas - o Universal Music Group, a Sony Music, o Warner Music Group, a Bertelsmann e o EMI Group - com vista a licenciar as suas músicas.

Entre os planos da companhia, contam-se a disponibilização de serviços que cobram uma determinada quantia por cada faixa, bem como serviços de assinatura que permitem que os utilizadores efectuem o download de músicas por um montante mensal. A Roxio contratou ainda Shaw Fanning, fundador do Napster, para desempenhar a função de consultor.

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