Um juíz federal ordenou que o Departamento de Justiça norte-americano (DOJ) divulgue mais informações acerca do Carnivore, o controverso sistema de vigilância de correio electrónico do Federal Bureau of Investigation (FBI). A decisão surgiu em resposta a um pedido do Electronic Privacy Information Center (EPIC), uma organização de defesa da privacidade, insatisfeito com as 1.600 páginas de relatório anteriormente fornecidas pela instituição (ver Notícias Relacionadas).



De acordo com o EPIC, o FBI só tinha entregue informações técnicas acerca do sistema, não tendo apresentado qualquer tipo de dados sobre as implicações legais da utilização do Carnivore em investigações criminais.



Enquanto os activistas da privacidade declaram que o dispositivo de vigilância do FBI viola a lei da privacidade, uma vez que vasculha entre mensagens de email inocentes à procura de evidências incriminatórias, o FBI contra-ataca, afirmando que as mensagens inocentes que o Carnivore examina através das suas pesquisas nunca são vistas por "olhos humanos". A instituição argumenta que as averiguações do sistema de vigilância podem ser adaptadas segundo critérios de procura por palavras específicas e frases, tal como autorizado pelo tribunal.



Citados pelo Washington Post, os responsáveis do EPIC afirmam ter visto a decisão do tribunal norte-americano como uma vitória para aqueles que questionam a propriedade de utilização do Carnivore em investigações criminais, defendendo que a acção vai conduzir à revelação de nova informação relevante.



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