O WhatsApp esteve com problemas de funcionamento desde as 8 horas desta manhã, hora de Lisboa, mas entretanto o problema foi resolvido e já voltou a funcionar normalmente. Não era possível trocar mensagens na rede social - as mensagens enviadas ficavam em espera e não eram entregues ao destinatário. Também não era possível usar a opção de sincronização da aplicação com o computador - o código QR que deve aparecer no browser para permitir a ligação com a aplicação no smartphone não carregava.
Havia ainda utilizadores que reportavam receber uma mensagem a pedir para confirmarem se estão ligados à internet, quando tentavam ligar-se à versão web do serviço. Esta mensagem ainda surgia quando tentámos confirmar se a funcionalidade já tinha voltado a funcionar, mas após nova tentativa a versão web do WhatsApp ficou operacional.
Até à data não há explicações oficiais sobre a falha, que aparentemente afetou utilizadores em todo o mundo. Ao The Verge, um porta-voz oficial da rede social da Meta disse apenas o seguinte: "estamos conscientes de que algumas pessoas estão neste momento a ter dificuldades em enviar mensagens e estamos a trabalhar para restaurar o WhatsApp para todos o mais rapidamente possível".
O site Downdetector, um dos serviços mais usados a nível global para monitorizar o funcionamento de serviços online, mostra um pico de falhas reportadas esta manhã. Contabilizava perto de 68 mil falhas às 8h30.
Com mais de 2 mil milhões de utilizadores ativos por mês, o WhatsApp transformou-se numa plataforma de comunicação global. As falhas no serviço são raras, mas não são inéditas. No ano passado a plataforma também esteve indisponível durante algum tempo para alguns utilizadores, por causa de uma falha que afetou vários serviços do grupo Meta.
O problema, que também aconteceu em outubro, afetou ainda o Instagram, o Messenger e o Facebook e na altura foi explicada como uma falha interna, decorrente da alteração de configurações em routers. O problema demorou cerca de 6 horas para ser resolvido, com todas as funcionalidades dos serviços repostas.
Nos dias seguintes a esta falha nos serviços da Meta, que afetou sobretudo o Facebook, e que coincidiu com uma série de acusações às práticas de mercado da empresa, a Meta quis esclarecer em detalhe o que tinha acontecido.
“O «apagão» foi causado pelo sistema que gere o suporte principal da nossa capacidade de rede a nível global”, clarificou Santosh Janardhan, vice-presidente de infraestruturas do Facebook, referindo-se à rede que liga todos os centros de dados da empresa, através de fibra ótica.
“O tráfego de dados entre todas as instalações é gerido por routers”, explicava o mesmo responsável. Nas atividades de manutenção da infraestrutura, os engenheiros da empresa precisam por vezes de colocar o suporte principal offline, para poderem reparar cabos de fibra ótica, melhorar capacidade ou atualizar o software dos routers.
“Durante uma destas atividades de manutenção, foi ativado um comando com a intenção de perceber a disponibilidade da capacidade do suporte principal”, indicava Santosh Janardhan, uma manobra que acabou por “deitar abaixo involuntariamente todas as ligações no nosso suporte principal, desligando efetivamente todos os data centers do Facebook a nível global”. Os sistemas da empresa estão preparados para verificar comandos deste tipo, e poderem evitar erros do género, mas um bug na própria ferramenta de verificação impediu o processo de funcionar como esperado.
Nota de redação [10:15]: A notícia foi atualizada para incluir informação sobre a resolução do problema que esta manhã deixou os utilizadores do WhatsApp em todo o mundo sem acesso ao serviço, situação que entretanto ficou resolvida.
Pergunta do Dia
Em destaque
-
Multimédia
Robot Clone leva humanização a novos níveis de realismo com braços e músculos artificiais -
App do dia
Pegada é uma espécie de Tinder versão “quatro patas” para juntar cachorros em matches perfeitos -
Site do dia
Noteey é um recurso online para explorar pensamentos e ideias de forma visual -
How to TEK
Converse diretamente com o Gemini a partir da pesquisa do Chrome e utilize o Google Lens no browser
Comentários