A circulação de worms informáticos de larga escala irá causar despesas significativas entre os fornecedores de serviços Internet europeus, revela um estudo recente da Sandvine que calcula que os prejuízos excedam os 123 milhões de euros até ao final deste ano, e os 159 milhões de euros em 2005.



Embora normalmente associados a ataques a redes empresariais, o tráfego malicioso gerado pelos worms prejudica igualmente a largura de banda disponibilizada aos utilizadores domésticos, degradando as suas experiências Internet e gerando custos indeterminados para os ISPs - no que diz respeito à rede e ao suporte ao cliente -, que tentam minimizar o seu impacto.



O estudo "Worms gobbling ISP profits: The financial impact of attack traffic on European service provider networks" revela ainda que entre dois a 12 por cento de todo o tráfego Internet na Europa é malicioso, mesmo entre os ISPs mais importantes com departamentos de informática dedicados. O tráfego malicioso constitui cinco por cento de toda a taxa de tráfego.



"A rápida disseminação de um worm faz com que seja muito urgente compreender o seu impacto entre os ISPs" afirma um dos responsáveis pela Sandvine Incorporated no relatório que acompanha o estudo. "Os worms (...) obrigam os fornecedores de serviços a mobilizar recursos premium de modo a evitar os ataques e a proteger a experiência do subscritor".



Além dos custos associados aos ataques de larga escala, a Sandvine reporta outro tipo de actividade worm prejudicial: os ataques persistentes, de baixo nível, causados por remanescentes de vírus anteriores que continuam a chegar aos PCs residenciais. "Cumulativamente, worms de ambas as magnitudes são agora uma preocupação operacional para gestores de rede e uma ameaça às margens de lucro dos ISP", refere-se.



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