A HAX é a maior aceleradora do mundo de startups ligadas ao desenvolvimento de hardware, sendo detida por um fundo de investimento avaliado em 250 milhões de dólares e tendo mais de 300 jovens empresas no seu portfólio. Em fevereiro a empresa portuguesa Findster vai integrar o programa de incubação da HAX, partilhando a posição privilegiada com apenas mais nove startups.

Como é que se convence um gigante destes? Ao bom estilo português pois claro: fazendo muito, com pouco. “Segundo a HAX, a nossa abordagem ao mercado é diferente e isso é interessante. E reconheceram a qualidade da equipa por ter concebido todo o produto com um investimento de 150 mil euros”, explicou ao TeK o diretor executivo da startup, David Barroso.

Este valor foi angariado através de financiamento colaborativo e serviu para todo o investimento necessário, desde o desenvolvimento do protótipo até à produção da primeira ‘fornada’ de dispositivos que vão ser entregues aos apoiantes do crowdfunding.

Através do programa de incubação que terá uma duração de seis semanas, a Findster espera conseguir novos canais de distribuição nos EUA, novos canais de retalho e novos canais online. A HAX também vai abrir portas para parceiros chineses. “Basicamente, o objetivo deste programa é fazer crescer a Findster”, concluiu o responsável da empresa.

O Findster é um sistema de geolocalização que funciona sem necessidade de plano de dados e que tem vantagens sobre as propostas Bluetooth devido ao maior alcance que permite. Os utilizadores podem definir raios de ação para crianças ou animais, e sempre que este perímetro é ultrapassado o ‘guardião’ recebe um alerta no smartphone.

“Estamos a ultimar os detalhes, a primeira remessa é enviada na primeira quinzena de fevereiro. Já temos todo o material para a produção”, disse o CEO, confessando que vai ser desafiante enviar o produto para 52 países.

“Agora temos um projeto diferente que é colocar o Findster no mercado”, adiantou ainda o líder do projeto. De acordo com David Barroso, no dia 1 de março será possível comprar o Findster através do site oficial do projeto, mas também estará disponível no retalho em Portugal. O preço final ainda não está a ser comunicado.

Esta tónica de ser um projeto de Portugal para o mundo é para manter, garantiu o CEO. Atualmente toda a linha de produção está montada no nosso país pois a Findster decidiu que precisaria “dos melhores meios de produção”, para garantir a qualidade do produto.

E nem a sedução das fábricas chineses parece desviar David Barroso das planos atuais. “Pretendemos manter a linha de produção em Portugal”. A equipa de engenharia também vai manter-se no nosso país, sendo que outra parte da startup vai mudar-se para São Francisco, nos EUA.

Por fim fica a promessa de que ainda este ano a Findster vai desenvolver novos produtos, desta feita mais direcionados para as pessoas idosas.

Rui da Rocha Ferreira

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