Os dados são de um estudo realizado pelos CTT, apresentados durante o Fórum Nacional da Factura Electrónica, que decorreu esta manhã em Lisboa, e mostram um crescimento de 14,3 pontos percentuais face aos 19,9% apurados em análise idêntica de 2012.

Entre as 450.000 empresas registadas na Via CTT abrangidas, 1,5% revela ainda que está a pensar implementar uma solução de fatura eletrónica nos próximos 12 meses e 30,9% diz estar "a estudar o tema".

Apesar de a tendência de adoção ser positiva, 33,7% das empresas afirmaram que não tencionam implementar tal sistema, mais 9,9 pontos percentuais face aos 23,8% que responderam nesse sentido em 2012.

Em termos globais, os documentos desmaterializados, tanto na emissão, como na receção registaram acréscimos em 2014. No caso da receção destacam-se as faturas, que sofreram uma evolução de 31,1 pontos percentuais, para os 91,3%.

O PDF continua a ser o formato mais utilizado, tanto na emissão como na receção de faturas, tal como também indicavam os resultados do estudo anterior.

Os dados apurados pelos CTT combinam com a informação sobre o sistema e-Fatura que o Governo tem vindo a promover de há dois anos para cá, mais especificamente na área das guias de transporte eletrónicas.

Segundo referiu José Azevedo Pereira, diretor-geral da Autoridade Tributária e Aduaneira, diariamente há cerca de 30 mil agentes económicos que operam com este sistema. Setenta e cinco por cento das comunicações com o Estado são feitas via web service.

O e-fatura também se tem revelado num sucesso entre os contribuintes, com o responsável a afirmar que em janeiro houve 364,7 milhões de faturas emitidas e comunicadas, um volume 22,4% acima do verificado em igual período de 2013.

Pese embora o benefício fiscal atribuído pelo pedido de fatura, parte do sucesso do sistema está a dever-se aos sorteios "Fatura da Sorte", que, soube-se esta quarta-feira, vão começar no próximo dia 17 de abril.

O primeiro sorteio diz respeito a janeiro de 2014, mês em que são 207 milhões os cupões emitidos, resultantes dos pagamentos e compras de 7, 951 milhões de adquirentes e de cerca de 170 mil emitentes. A média é de 26 cupões por contribuinte, revelou José Azevedo Pereira.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico