A Administração Pública deve investir na aquisição de produtos inovadores e serviços que requeiram mais investigação na área das Tecnologias da Informação e Comunicação, conclui um grupo de trabalho presidido pela Comissão Europeia criado para analisar as regras de procurement na AP e a sua capacidade para fomentar a utilização das TIC e a inovação.



A Comissão, constituída em Outubro de 2005, considera que esse procurement pré-comercial de inovação deverá tornar-se um novo driver da investigação e desenvolvimento na Europa dos 25.



A recomendação do grupo de técnicos vai no sentido da AP abandonar uma postura mais tradicional, que conduz à aquisição de bens e serviços já convencionados e avançar com uma abordagem pré-comercial de procurement da inovação, o que se traduz numa postura de partilha de riscos e benefícios na aquisição de novos bens e serviços com os vendedores desses mesmos produtos.



"A Europa deve criar um ambiente comercial que encoraje inovações mais rápidas e tire partido dos resultados da investigação". "O sector público tem um poder de compra massivo, mas precisa dos incentivos certos para partilhar riscos e benefícios de investir em novas tecnologias e serviços", explica Viviane Reding, comissária europeia para a Sociedade da Informação.


Num comunicado de imprensa onde são dadas a conhecer as principais conclusões do grupo de trabalho são citados os exemplos americano e asiático como casos onde esta lógica já aplicada com consequências visíveis nos níveis de investimento em I&D.



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