A Huawei terá a sua situação agravada na relação com os Estados Unidos, ou melhor, com as empresas do país que ainda forneciam componentes à fabricante chinesa. Segundo é noticiado pelo Financial Times, a administração de Joe Biden terá colocado um ponto final nas licenças atribuídas às empresas tecnológicas dos Estados Unidos que garantiam a autorização para exportar certos componentes para a Huawei.
Até aqui, os principais elementos de hardware e software estavam proibidos. Mas através de licenças especiais, as empresas chinesas na "lista negra" podiam requerer o acesso a certos componentes. A Qualcomm e a Intel, por exemplo, poderiam fornecer tecnologia desde que não tivesse relacionada com o 5G.
O FT ouviu pessoas ligadas ao assunto, referindo que o departamento comercial dos Estados Unidos notificou algumas empresas tecnológicas a negar o prolongamento das licenças de exportação de tecnologia americana à Huawei.
Esta decisão terá sido tomada como medida dos Estados Unidos trabalharem com os seus aliados para travar a China de desenvolver tecnologia de topo, incluindo semicondutores utilizados em inteligência artificial e armas hipersónicas.
O Japão e a Holanda, que são importantes fornecedores de tecnologia e matérias-primas para a produção de chips, juntaram-se a Washington nas restrições à China. Medidas que foram prontamente criticadas pelo governo chinês, acusando as imposições como uma violação comercial. O ministério dos Negócios Estrangeiros chinês acusou Washington de abusar das restrições sobre as exportações e de coordenar com outros governos para “manter a sua hegemonia” e conter o desenvolvimento da China e a modernização da sua capacidade industrial.
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