A utilização da tecnologia Deepfake na propagação de fake news ou difamação de figuras públicas é um flagelo atual, que tem levantado discussões, pedindo-se maior intervenção dos reguladores. Na China, os reguladores reuniram-se com 11 empresas tecnológicas nacionais, entre elas as gigantes Alibaba, Tencent, Xiaomi e ByteDance para discutir o uso dessa tecnologia nas suas plataformas de conteúdos, naquele que parece ser o primeiro passo no escrutínio sobre o tema.
Avança a Reuters, que o administrador do ciberespaço chinês e o ministério da segurança pública reuniram-se com as empresas para falar sobre os potenciais perigos e problemas ligados à tecnologia deepfake e apps sociais de áudio.
Os reguladores pediram para as próprias empresas conduzirem as suas análises internas e submeter os relatórios ao governo quando planearem introduzir novas funcionalidades e novos serviços de informação que “tenham a capacidade de mobilizar a sociedade”.
Esta é mais uma medida no escrutínio que tem sido realizado às gigantes chinesas de internet nos últimos meses, sobre receios de comportamentos monopolísticos e possível violação nos direitos dos consumidores.
No que diz respeito às redes sociais de áudio, semelhantes à app Clubhouse que foi bloqueada na China no início de fevereiro, têm surgido algumas propostas semelhantes, incluindo uma da ByteDance, a criadora do TikTok. O governo chinês bloqueou o Clubhouse depois de ter atraído muitos utilizadores que participaram em tópicos sensíveis, como as detenções dos campos Xinjiang e a independência de Hong Kong, e por isso as autoridades querem escrutinar as novas ofertas de apps.
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