A Cloudflare inaugurou uma nova sede em Portugal, onde a empresa chegou em 2019, altura em que dava emprego a 14 pessoas. Agora conta com mais de 340 e planos de expansão ambiciosos para os próximos anos, que vão mais do que duplicar a equipa.

Lisboa ganhou a nova sede europeia da Cloudflare, que é também um núcleo de serviços técnicos para apoio às operações da empresa na região, que têm crescido muito e de forma acelerada, segundo a companhia. Complementa uma rede de operações igualmente apoiada por escritórios em Londres, Paris, Munique e Dubai e por centros de dados em 58 cidades. Em Lisboa também há um, que funciona desde 2016.

“A Cloudflare tem-se dedicado a Portugal nos últimos oito anos e continua a ser um núcleo internacional bem conectado e um ecossistema tecnológico vibrante. Acolhe um conjunto de talentos impressionante e de iniciativas governamentais de apoio”, sublinha Matthew Prince, cofundador e CEO da Cloudflare.

O mesmo responsável acrescentou que Lisboa tem atraído “muitos membros da nossa equipa global a escolherem-na como a sua casa”. O plano passa agora por aumentar a equipa para mais 400 a 500 pessoas nos próximos quatro anos, adiantou também o responsável em entrevista ao Expresso, a propósito do novo investimento em Portugal.

No evento de apresentação da nova sede da empresa na capital portuguesa, o cofundador da Cloudflare, no entanto, não teve apenas elogios para fazer ao país. As críticas do responsável à dificuldade de trazer talento qualificado para Portugal não são novas e foram repetidas, com o ministro da economia Pedro Reis na audiência.

Além da imigração, Matthew Prince voltou a sublinhar que Portugal perde destaque como destino de investimento estrangeiro por causa do mau funcionamento do aeroporto e dos constantes atrasos nos voos e pela escassez de product managers na pool local de talento, como citaram vários meios.

Em Portugal, a Cloudfare, que disponibiliza soluções de conectividade em nuvem, tem clientes como o Banco de Portugal, a Carrefour, a Clever Advertising, a DHL, a TAP Air Portugal ou a Federação Portuguesa de Futebol, entre outros.