Será que a união faz a força? É isso o que o Facebook vai descobrir ao longo dos próximos meses conforme a queixa que foi apresentada contra a empresa começa a ser avaliada na justiça austríaca. Max Schrems é o ativista que está a dar a cara por este "mega-processo", mas é apenas o representante de 25 mil pessoas que não concordam com as práticas da tecnológica norte-americana.

Não concordam com o alegado rastreio ilegal de informações e com a suposta cooperação da rede social com a agência secreta NSA - até que se prove em contrário, "todos" são inocentes.

A queixa foi apresentada num tribunal de Viena, na Áustria, contra a subsidiária europeia do Facebook que está localizada na Irlanda.

Cada um dos queixosos está a pedir uma indemnização de 500 euros - para um total de 12,5 milhões de euros -, mas o objetivo do processo está mais relacionado com um alerta para os alegados abusos na rede social, do que propriamente com dinheiro.

"Basicamente estamos a pedir ao Facebook para parar com a vigilância em massa, para tenha uma política de privacidade decente que as pessoas consigam percebem, mas também que pare de recolher os dados das pessoas que nem sequer são utilizadores do Facebook", disse o também licenciado em direito, Max Schrems, citado pelo The Guardian.

Já o Facebook ainda não teceu qualquer comentário.
De acordo com o jornal inglês, a primeira decisão do tribunal estará relacionada com o pedido de objeção que a rede social já terá feito - e que se validado, considera que a tipologia da queixa não é válida.

A Google recorreu recentemente à mesma arma judicial, mas acabou por não ver a sua objeção reconhecida, o que abriu portas para que milhares de britânicos pudessem processar a gigante dos motores de busca.


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