No final de 2001, as receitas provenientes de transacções a partir da Internet na Europa totalizaram 77 mil milhões de euros, equivalente a menos de um por cento do comércio total gerado no Continente, mas durante os próximos anos o comércio electrónico europeu deverá aumentar drasticamente, para atingir os 2,2 biliões de euros em 2006, garante a Forrester Research.
A consultora estima que os sectores eléctrico, químico e logístico liderem o crescimento do comércio online no Velho Continente a partir do próximo ano. Segundo a Forrester, após 2003 11,7 por cento do comércio de equipamentos eléctricos será conduzido através da Internet, comparativamente aos 4,3 por cento verificados actualmente.
No que diz respeito à indústria química e logística, mais de sete por cento das transacções serão efectuadas online, enquanto o comércio de maquinaria industrial, metais e energia deverá duplicar entre 2003 e 2006.
No geral, o crescimento destes mesmos sectores industriais deverá resultar em 945 mil milhões de euros em 2004, representativos de 9,9 por cento do total das transacções comerciais na Europa. O sector da restauração online deverá triplicar entre 2004 e 2006, de acordo com os dados da Forrester.
Embora o aumento do volume de transacções online se verifique em todas as indústrias europeias, o crescimento irá variar de país para país, com a Escandinávia a liderar o grupo. Na Dinamarca e na Suécia, 17 por cento dos seus negócios serão conduzidos pela Internet em 2004 e as duas economias somarão 10 por cento do total do comércio online na Europa.
A França, a Alemanha e o Reino Unido irão assistir igualmente ao crescimento do volume do seu comércio pela Internet e farão pelo menos 23 por cento do seu total de vendas online, representativas de 64 por cento do volume transaccionado através do mesmo método na Europa.
A Forrester indica contudo que nos países do sul da Europa o crescimento do comércio online não será tão acentuado nos próximos anos. Em Itália, por exemplo, as transacções electrónicas irão situar-se nos 2,2 por cento em 2003 - 11 pontos percentuais abaixo da Suécia. Por seu lado, a Grécia e Portugal não irão atingir mais do que 10 por cento do comércio online B2B em 2006.
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