A Opera apresentou junto da Comissão Europeia uma queixa contra as políticas anti-concorrenciais da Microsoft. A acção é a primeira desde o desfecho do caso anti-trust no passado mês de Setembro e acusa a empresa de Bill Gates de dificultar a sobrevivência de empresas como a Opera, ao integrar o Internet Explorer no seu sistema operativo.



A empresa norueguesa pede a atenção da Comissão Europeia não apenas para a integração do Internet Explorer no Windows, mas também para o facto da Microsoft desenhar produtos pouco interoperáveis, porque não seguem os principais standards internacionais.



No último mês de Setembro o caso de antitrust que opunha a Microsoft e a Comissão Europeia ficou definitivamente encerrado com a decisão do tribunal europeu de justiça, que confirmou a decisão de 2004 dos reguladores da concorrência.



Na sequência desta decisão a Microsoft anunciou que não iria recorrer novamente aos tribunais e que aceitava a decisão judicial, comprometendo-se a dar cumprimento às medidas que lhe foram impostas.



A Opera actua no mercado dos browsers, desenvolvendo produtos para o PC e para o telemóvel, entre outros.



A Microsoft avançou entretanto com uma resposta às acusações da Opera, que considera infundadas. A empresa diz que a proliferação de browsers a que hoje se assiste é a prova de que existe espaço no mercado para novas empresas.



A empresa acrescenta que os utilizadores têm liberdade para instalar no seu PC o browser que quiserem, assim como os fabricantes de PCs.



Nota de redacção [17-12-2007 17:56]: A notícia foi actualizada com a resposta da Microsoft às acusações da Opera.


Notícias Relacionadas:

2007-10-24 - Microsoft desiste dos recursos judiciais que mantinha contra decisões europeias

2007-09-17 - Tribunal confirma multa da CE à Microsoft por abuso de posição dominante

2006-10-04 - Microsoft recorre da sanção imposta pela Comissão Europeia em Julho deste ano

2004-03-24 - Comissão Europeia multa Microsoft em 497 milhões de euros