O regulador britânico anunciou esta segunda-feira que está a analisar a compra da VMware pela Broadcom, uma operação que vai envolver 61 mil milhões de dólares na transação. A análise da Competition and Markets Authority vai avaliar se o negócio pode prejudicar a concorrência no mercado britânico e se será uma via para reduzir opções de escolha, prejudicar a inovação ou aumentar preços.
Na nota divulgada sobre a análise em curso, a CMA convida as partes interessadas no processo a partilharem os seus comentários sobre o negócio até 6 de dezembro. Com base na informação recebida, o regulador decidirá se há indícios que mereçam uma investigação mais aprofundada ao negócio, ou não.
Na semana passada também as autoridades da concorrência da União Europeia anunciaram que vão analisar o negócio, prevendo manifestar-se sobre o assunto até ao próximo dia 20 de dezembro.
A VMWare, especialista em serviços multicloud e de virtualização, integrava até ao ano passado a Dell Technologies. Quando o negócio com a Broadcom foi anunciado, em maio, Michael Dell ainda era o maior acionista da empresa, com cerca de 40% do capital, segundo a Reuters.
A Broadcom, por seu lado, tem como principal atividade o fabrico de chips, mas já realizou outras aquisições importantes para diversificar o portefólio e ganhar mercado na área do software empresarial. Nos últimos anos comprou a CA Technologies por 18,9 mil milhões de dólares, ou a divisão de segurança da Symantec, por 10,7 mil milhões. Tentou também comprar a Qualcomm, por 117 mil milhões de dólares, um negócio que acabou por ser bloqueado pelo presidente Trump por alegadas preocupações de segurança.
Os negócios das tecnológicas estão cada vez mais sob maior escrutínio. Também no Reino Unido, a Meta foi recentemente obrigada a recuar na compra da Giphy. O regulador britânico tem também dado vários sinais de que pode chumbar a compra da Microsoft pela Activision Blizzard e tem tido mão pesada nas coimas por infração às normas da concorrência, sobretudo as cometidas pelos grandes gigantes da internet.
Muitas destas operações acabam por ser uma forma imediata de eliminar a concorrência direta, numa determinada área, ou uma via para dificultar a vida aos concorrentes que possam também usar os serviços ou soluções das empresas adquiridas, empresas empresas essas que em algumas situações acabam desmanteladas.
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