A Dell Technologies prepara-se para despedir 6.650 colaboradores, juntando-se assim a uma já longa lista de empresas de tecnologia que estão a reduzir equipas e a ajustar estruturas, em consequência do abrandamento da procura e instabilidade económica.
Segundo a Bloomberg, que avança a notícia, os despedimentos previstos vão afetar cerca de 5% da força de trabalho da empresa e são uma consequência direta da diminuição da procura na área de computadores pessoais da empresa. Recorde-que o mercado de PCs reflete já, desde os últimos trimestres do ano passado, os efeitos de alguma retração na procura, inflação e incerteza. Várias previsões indicam que a recuperação pode só chegar em 2024.
A agência cita uma nota assinada pelo co-CEO da Dell aos colaboradores, Jeff Clarke, onde se explica que a companhia está a enfrentar condições de mercado que "continuam a sofrer uma degradação” e a fazer prever “um futuro incerto".
O responsável refere, na mesma nota, outras medidas que a empresa pôs em prática antes de avançar com despedimentos, como a suspensão de novas contratações ou a contenção de viagens, para explicar que já não são suficientes para conter a degradação das condições de negócio.
A Dell ainda não comentou as notícias. Fontes da empresa ouvidas pela Bloomberg dizem que os despedimentos são uma oportunidade para agilizar a estrutura da empresa e torná-la mais eficiente.
A Dell junta-se assim a uma lista que também inclui empresas como a Microsoft, que já confirmou a saída de cerca de 10.000 colaboradores até final do trimestre, e vários outros nomes de peso no sector tecnológico. As confirmações de despedimentos mais recentes - e mais sonantes - vieram da SAP, da IBM, da Amazon ou da Salesforce. Respetivamente, estes pesos pesados da tecnologia vão despedir: 3.000, 3.900, 18.000 e 8.000 colaboradores.
O SAPO TeK questionou a Dell Portugal sobre um possível impacto da medida a nível local. A medida remeteu uma declaração oficial sobre o tema: "estamos em contante avaliação das operações para garantir que dispomos da estrutura certa para fornecer o melhor valor e suporte aos parceiros e clientes. Isso faz parte do nosso curso regular de negócios".
A mesma nota admite que a empresa tem "em stand by a contratação externa" e que está "constantemente a evoluir a estratégia de contratação, com base nas necessidades do negócio".
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