Uma em cada cinco, isto é, 22 por cento das companhias norte-americanas despediram um empregado devido a abusos do serviço empresarial de correio electrónico, de acordo com um estudo divulgado recentemente pela American Management
Association
, a empresa de segurança informática Clearswift e o ePolicy Institute, que também revela que os trabalhadores gastam em média cerca de um quarto (25 %) do seu dia de trabalho lidando com o email.

O inquirido médio despendeu cerca de 107 minutos com o email todos os dias. Embora 24 por cento referiram gastar menos de uma hora, 31 por cento gastou mais de duas horas e oito por cento mais de quatro de horas respondendo, lendo e enviando mensagens electrónicas.

Por outro lado, três em cada quatro dos 1.100 trabalhadores norte-americanos que responderam ao inquérito afirmaram que no ano passado perderam tempo devido a problemas com o sistema de email. Quase um quarto ou 24 por cento admitiram que perderam mais de dois dias de trabalho devido a falhas no sistema de email. Mas apesar desses problemas e do crescimento do spam, 86 por cento dos respondentes ao inquérito concordaram que o email os tornou mais eficientes.

A edição de 2003 do estudo "E-Mail Rules, Policies and Practices Survey" é uma nova versão do inquérito realizado pela American Management Association e pelo ePolicy Institute sobre o mesmo assunto em 2001. A edição mais recente conclui que 14 por cento das organizações foram ordenadas por um tribunal ou entidade reguladora a divulgarem emails dos seus empregados, o que representa um aumento de
cinco por cento em comparação com 2001.

Apesar disso, apenas 34 por cento dos empregadores possuíam políticas escritas em vigor relativas à retenção e eliminação de emails, a mesma percentagem indicada na edição de 2001, mesmo tendo em conta que cinco grandes corretoras de Wall Street foram multadas em 8,25 milhões de dólares no ano passado pela Securities and Exchange Commission (SEC) por não terem retido determinadas mensagens.

O recurso a tecnologia por parte dos empregadores para monitorizar o
email e controlar o conteúdo das mensagens aumentou face a 2001 de 24 para 40 por cento. E embora 90 por cento tenha instalado software para monitorizar o correio electrónico recebido e enviado, apenas 19 por cento estão a empregar tecnologia para controlar o email interno trocado entre os empregados, o que poderá vir a representar perdas adicionais de dinheiro.

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