A Dynabook Portugal apresentou os seus novos produtos no seu “kick-off” de 2022. A fabricante centrou a sua aposta em soluções empresariais, sobretudo direcionadas aos trabalhadores que necessitam de mobilidade, trabalho remoto ou híbrido. Como tal, estiveram em destaque os portáteis das séries Tecra e Portégé no catálogo da marca, assim como soluções de realidade assistida da gama DynaEdge.

Maite Ramos, diretora geral da Dynabook Ibérica esteve presente em Portugal, que passou pela Lenovo e HP antes de abraçar a liderança da marca nos mercados português e espanhol. Segundo Carlos Cunha, diretor comercial da marca em Portugal, salientou a herança da Toshiba e da Foxconn e tecnologias da Sharp. Salienta que apesar da empresa ser global, a Europa é um mercado estratégico para a empresa. E apesar de ter mudado de marca, a sua competência e herança dos 35 anos da marca original mantém-se no seu ADN. O objetivo é oferecer produtos tecnológicos, assentes na sustentabilidade. E em Portugal, é referido que a equipa tem sido reforçada, pretendendo crescer no mercado.

A sua área de negócio é sobretudo parceiros, num mercado B2B. A empresa destaca que os seus modelos BTO que são fabricados na sua fábrica, tendo a capacidade de entregar em três ou quatro semanas, além das entregas serem geridas pela sua própria logística e sem quantidades mínimas. A fabricante salienta que controla todo o design, a fabricação, programação e entrega em toda a sua cadeia.

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As gamas Tecra e Portégé prometem elevados níveis de fiabilidade para parceiros empresariais, que no caso de avaria no primeiro ano, faz a reparação do respetivo equipamento e ainda devolve o valor da sua aquisição ao seu cliente, demonstrando assim confiança com os seus produtos e compromisso com clientes.

Em 2021, a marca renovou em 90% toda a sua oferta de produtos. A empresa diz que cresceu 150% nos últimos 18 meses, que Carlos Cunha diz ser excelente. Multiplicou por três o número de clientes da Dynabook. E ainda assim tem 25% de vendas nos seus parceiros de topo. Refere que a marca investiu em Portugal durante 2021, na área de canal e gestão de parceiros. Em declarações ao SAPO TEK, Carlos Cunha disse que tinha perspetivas de continuar a crescer durante 2022 na casa dos dois dígitos, depois de ter crescido três dígitos em 2021, "desde que não se prevejam situações negativas, como os conflitos e a subida da inflação, nuvens negras que podem afetar o comportamento de compra das organizações e alterar o seu planos de desenvolvimento de transformação digital". No que diz respeito da quota de mercado em Portugal,  Carlos Cunha refere que andará entre os 3.5-4% do negócio de canal, embora não tenha números oficiais.

No que diz respeito ao seu portfólio B2B, este divide-se em três categorias para diferentes públicos. A gama Protégé são equipamentos com ecrãs de 13, 14 e 15 polegadas. Tem ainda a gama Tecra que balanceia a qualidade, performance, segurança e preço. A terceira gama é a Satellite desenhados para negócios e educação. Os novos computadores Protégé estão equipados com os processadores Intel de 12ª geração.

Além dos computadores, a marca apresentou ainda diversos acessórios de gama premium que incluem teclados, dockstations e auscultadores.

Inovação de realidade assistida para trabalhadores da linha da frente

A empresa tem ainda duas novas soluções para trabalhadores da linha da frente: o DynaEdge e o Dynabool Mobile Secure Client.

O DynaEdge, para Carlos Cunha, é o exemplo de inovação da empresa, a sua visão para a computação Edge móvel, ou seja, fornecer transformação digital através de realidade assistida. Tratam-se de uns óculos que oferecem mobilidade de mãos livres para assistir trabalhadores. “O edge computing acelerou no último ano e meio, muito impulsionado pelo 5G. Hoje em dia o Edge é uma realidade, com um retorno tangível no investimento destas soluções”. Carlos Cunha diz que em 2024 vai crescer 800% em aplicativos Edge, um fenómeno que a empresa quer aproveitar para capacitar os seus clientes com novas soluções.

A tecnologia é composta por um mini PC – DE200. Trata-se de uma máquina pequena, com uma bateria adicional de backup, que depois transmite para os seus acessórios, como óculos, malas de transporte com um kit. A empresa diz que esta solução é personalizável, requerendo uma prova de conceito no ato de encomenda para satisfazer as necessidades dos clientes. O mini PC tem um custo que ronda os 700 euros e não inclui os óculos. A marca diz que a solução é compatível com outros óculos de realidade mista disponíveis no mercado.

Dynabook

A solução é suportada pela cloud Azure da Microsoft e destinam-se a Polícia, marina, médicos militares, construção, farmacêuticas, engenheiros, etc. Basicamente o objetivo é oferecer um produto que pesa algumas gramas através dos óculos, com a capacidade de computação de topo.

Quanto ao Dynabook Mobile Secure Client chega ao mercado no final deste trimestre, início do verão. Esta solução surge numa altura em que os ataques cibernéticos estão na ordem do dia. Trata-se de uma virtualização móvel, com conformidade total de segurança, sendo flexível e personalizável pelos clientes, mediante as necessidades do software que utilizam. Está disponível na sua gama Tecra, nos modelos A40-J, A-50J e A40-J.

A empresa revelou ainda novos serviços para o seu portfólio, desde configurações a assistência técnica, com um parceiro dedicado com centros de operações em Lisboa e Porto, seja no local ou recolha no cliente. Tem ainda disponível um serviço de revenda e reciclagem de equipamentos multimarca, dentro da sua estratégia de sustentabilidade.

Questionado sobre a herança deixada pela Toshiba na área de consumo, Carlos Cunha disse ao SAPO TEK que o foco está totalmente na área empresarial B2B, sendo aliás uma estratégia global. Apenas no Japão a marca mantém o canal de consumo.

Para a marca, e pela dimensão mais reduzida que apresenta, a principal característica da empresa é a sua flexibilidade, qualidade, confiança e a sua capacidade de adaptação muito rápida a algumas situações concretas, "como por exemplo, um dos componentes que esteve disruptivo para nós foi o LTE e conseguimos com a nossa equipa do Japão qualificar e mudar o fornecedor de LTE e integrar nas nossas gamas". Carlos Cunha salienta que a crise dos chips não afetou a empresa, que por ter uma menor dimensão, nunca ficou sem stock de componentes. Apenas em alguns ecrãs teve algumas reduções, mas nada de grave.

Maite Ramos não fechou portas a eventuais lançamentos de computadores para a área de consumo e esses planos estiveram mesmo em cima da mesa antes da pandemia. As agulhas mudaram para o foco na área empresarial, esperando agora uma maior estabilidade e depois quem sabe possam ser anunciadas novidades. A diretora ibérica disse ao SAPO TEK que o mercado português é muito importante para a Dynabook, sobretudo pela ligação que anteriormente a Toshiba tinha com o nosso país.

"Portugal sempre foi um dos principais mercados da Toshiba na Europa, tendo sido o Nº1 no mercado durante muitos anos e sabemos que temos clientes muito fieis que conhecem muito bem os nossos produtos, assim como o brand awareness da antiga marca", afirma Maite Ramos

Salienta que com os seus novos designs e configurações há boas oportunidades para a marca, sobretudo no mercado B2B. A fabricante quer agora recuperar os seus antigos canais da Toshiba.

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