Na semana passada e através da sua rede social habitual, o CEO da Tesla provocou um rebuliço ao revelar as suas intenções de privatizar a empresa, estando disposto a dar 420 dólares por cada ação.

Mas, o que terá suscitado a curiosidade não foi o facto de Elon Musk avaliar a Tesla em 71,6 mil milhões de dólares, transformando-a na saída de bolsa mais cara de sempre, caso se concretizasse, mas sim por ter adiantado que tinha o "financiamento assegurado".

Depois de vários acionistas da Tesla terem confirmado à Bloomberg que tinham conhecimento das intenções de Musk sem, no entanto, se alongarem quanto à questão do financiamento, o empreendedor explicou com mais detalhe o que quis dizer com o seu tweet.

Em uma publicação no blog da empresa, Elon Musk avança que já desde o início de 2017 que o fundo da Arábia Saudita o aborda com a intenção de tirar a Tesla da bolsa.

A última terá sido a 31 de julho, na mesma altura em que foi fechado um acordo para o Public Investment Fund (PIF) ficar com uma participação de 5% da Tesla. Nessa reunião, o diretor do fundo "expressou fortemente o apoio para financiar a retirada da Tesla de bolsa", o que terá estado na origem da afirmação de Musk.

Musk defende ainda na mesma publicação que ao tornar públicas as suas intenções estava a fazer a "coisa certa” para que todos os investidores tivessem acesso a esta informação e garante que irá "continuar as conversações com o fundo saudita" .

No entanto, o empreendedor afirma que também mantém discussões com "alguns outros investidores", uma vez que gostaria que a Tesla mantivesse uma "larga base de investidores". Só depois de concluir esta sondagem é que o CEO conta apresentar uma proposta mais concreta ao conselho de accionistas.

Entre as razões apresentadas por Elon Musk para retirar a empresa da bolsa está a intenção de evitar “distrações” que a volatilidade da empresa no mercado bolsista podem levantar e tomar as melhores decisões de longo prazo sem pressão de investidores.