Um relatório da Pew Internet and American Life revela o importante papel político do email. O estudo "Untuned Keyboards - Online campaigners, citizens, and portals in the 2002 elections" indica que dois terços dos utilizadores partidários enviaram ou receberam correio electrónico relacionado com a campanha, durante o ciclo de eleições americanas de 2002. No entanto, os responsáveis pelas campanhas afirmam ter mais sucesso na comunicação online com a imprensa do que com os cidadãos.



O número de cibernautas que recorre à Internet para obter informações e notícias políticas aumentou de 33 milhões para 46 milhões entre o Verão de 2000 e meados do período de eleições, o que representa um crescimento de 39 por cento. Contudo, segundo a Pew, ainda existem cerca de 70 milhões de utilizadores de Internet que podem ser atraídos para a arena política.



A pesquisa da Pew, realizada em parceria com Institute for Politics, Democracy, and the Internet da Universidade George Washington mostra que, em 2002, o correio electrónico foi utilizado para enviar e receber piadas acerca das campanhas por 34 por cento dos cibernautas. O mesmo número de pessoas recebeu emails relativos a adesão ou oposição a campanhas, enquanto 22 por cento enviou emails onde mostrava as suas preferências políticas.



O estudo também revela que 57 por cento dos que utilizaram a Internet com fins políticos em 2002 visitou sites com informação acerca de assuntos específicos, como política ambiental, controle de armas ou sistema de saúde. Cerca de metade destes utilizadores entraram na rede para descobrir como aderir às campanhas ou procurar estatísticas sobre os candidatos.



Um terço dos cibernautas americanos que utilizou a Net para a política durante as eleições de 2002 disse que essa foi uma fonte de informação com grande importância, enquanto 50 por cento lhe atribuem apenas alguma importância.



Também em Portugal a propaganda política na Internet tem vindo crescer consideravelmente. Nas últimas eleições assistiu-se ao reforço da comunicação online dos partidos portugueses, mas ainda não existem estudos sobre esta questão.




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