Os números acabam de ser divulgados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e referem-se às candidaturas das empresas ao SIFIDE em 2021, que cresceram cerca de 2%  face a 2020. A informação refere que as candidaturas ao SIFIDE foram encerradas a 31 de maio de 2022.

Os investimentos associados a fundos de apoio à Investigação e desenvolvimento totalizaram os 1.554 milhões de euros e o ministério indica que este investimento em I&D traduz-se em cerca de 8,200 projetos (mais 2% do que em 2020) com a participação de mais de 800 doutorados.

"Do total do investimento declarado em 2021, cerca de 300 milhões de euros foram investidos em fundos de capital de risco para projetos de I&D.", esclarece ainda o comunicado que detalha porém que o valor declarado pelas empresas é mais baixo, menos 4,4% do que em 2021.

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Em 2021, registaram-se 942 candidaturas de investimento em fundos de apoio à I&D, totalizando 302 M€. Nesse ano houve uma diminuição de 6% face a 2020 embora o ministério indique que, mesmo assim, o valor está "acima da média dos últimos 5 anos, caracterizando uma correção ao pico de investimento de 2020 neste instrumento".

Em 2021 houve 511 empresas com 1241 doutorados a realizar I&D, quando, no início do SIFIDE II (2014), estes valores eram bem inferiores (188 empresas e 417 doutorados). "Trata-se de um aumento de quase 200% da aposta das empresas em recursos humanos altamente qualificados", refere o comunicado

O SIFIDE é um sistema de incentivos fiscais para estimular a competitividade das empresas, apoiando o seu esforço em I&D através da dedução à coleta do IRC de uma percentagem das respetivas despesas de I&D (na parte não comparticipada a fundo perdido pelo Estado ou por Fundos Europeus).