O mais recente relatório da Canlalys indica que, no terceiro trimestre de 2019, a Europa tornou-se no território que mais cresceu no mercado global de smartphones. De acordo com os analistas da empresa, o envio de smartphones para a região aumentou em 8%, ultrapassando o crescimento de 6% da Ásia-Pacífico.

Os analistas da Canlalys afirmam, que o “marco” se deveu, em grande parte, ao forte desempenho da Samsung na região. A fabricante sul-coreana registou um crescimento de 26% em relação ao mesmo período em 2018, sendo a empresa que mais smartphones colocou nesta zona geográfica, atingindo os 18,7 milhões de unidades.

Nível de crescimento do mercado europeu de smartphones no terceiro trimestre de 2019
Nível de crescimento do mercado europeu de smartphones no terceiro trimestre de 2019 Créditos: Canalys
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Embora ocupe o segundo lugar da tabela, com 11,6 milhões de dispositivos, a Huawei estagnou no que toca ao crescimento no terceiro trimestre de 2019. Tal como revelaram dados recentes da IDC, a guerra comercial dos Estados Unidos contra a fabricante chinesa teve um impacto no mercado europeu.

Com um crescimento na ordem dos 73%, a estratégia de “expansão agressiva” da Xiaomi no mercado europeu parece estar a ter bons resultados. A fabricante chinesa consolidou o seu lugar na quarta posição com 5,5 milhões de unidades enviadas, seguindo o terceiro lugar da americana Apple. Quanto à quota de mercado, a Samsung não só manteve a liderança do mercado, como aumentou a sua “fatia” para 35,7%, em comparação com o terceiro trimestre de 2018. Já a conterrânea Xiaomi, em quatro lugar, conseguiu também aumentar a sua quota em 4%, passando para os 10,5%.

“A Europa está simultaneamente repleta de oportunidades e de ameaças”, afirma Ben Stanton, analista senior da Canalys. O especialista da empresa de análise de mercado indica que o terceiro trimestre de 2019 ficou marcado pela influência negativa de eventos como o Brexit. O impasse político causou uma aceleração de entregas por parte da Samsung e da Apple antes do fim de cada “prazo final” apresentado pelo governo do Reino Unido, a qual foi seguida por um forte decréscimo.

Fora do impacto negativo, a chegada do 5G aos diversos países do território europeu pode apresentar-se como uma oportunidade para as fabricantes. A fragmentação existente a nível de operadoras móveis deverá ainda abrir mais possibilidades para parcerias, indica Ben Stanton.