Nos primeiros quatro meses do ano, o Estado português adjudicou projetos na área da cibersegurança que rondam os 9,2 milhões de euros, na sua maioria alocados à contratação de serviços. Fevereiro foi o mês mais forte em concursos públicos nesta área, com quase 30 projetos adjudicados, num montante total próximo dos 4 milhões de euros.

O Instituto da Informática foi a entidade pública que mais investiu em cibersegurança, no período em questão. Os quatro contratos mais valiosos do quadrimestre foram adjudicados pelo II e valeram 6 milhões de euros, como mostram os dados compilados na plataforma TendersTool.

A maior parte deste valor refere-se à aquisição de serviços relacionados com o desenvolvimento de software para iniciativas no âmbito dos subsistemas de pagamentos e recuperação de pagamentos indevidos, no Sistema de Informação da Segurança Social. O II adquiriu também neste período serviços de licenciamento e suporte para controlo e proteção de email, por um pouco menos de meio milhão de euros (403.885,43 €).

O quinto maior contrato fechado no período foi protagonizado pela Autoridade Tributária e Aduaneira, que adquiriu serviços de administração da plataforma de Segurança de Base de Dados da Oracle por 197.920 €.

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Por fornecedores, a Altran (agora designada por Capgemini Engineering) foi aquela que mais vendeu ao Estado entre janeiro e abril, em volume de receita, captando quase metade do montante de adjudicações realizadas, com dois projetos que valeram 3,3 milhões de euros. Seguem-se a Atos, através de Espanha, que ganhou um contrato no valor de 2,3 milhões de euros, a Easythink e a Timestamp. As sete empresas que fecharam mais contratos com o Estado nesta área da cibersegurança até final de abril conseguiram 24 adjudicações, no valor de 6,7 milhões de euros.

Informação recolhida pela mesma plataforma de análise fez as contas aos investimentos públicos em Tecnologias de Informação e Comunicação em Portugal no ano passado e chegou a um valor de 717,46 milhões de euros. O terceiro trimestre do ano foi aquele em que o volume de investimento foi mais elevado, com a educação em destaque, num período que concentrou 40% das compras TIC do ano.