A Huawei não vai ser retirada da lista negra mas a empresa vai poder continuar a comprar tecnologia e produtos nos Estados Unidos, mediante uma licença especial. A confirmação foi feita ontem pelo secretário do Comércio da administração Trump, Wilbur Ross, que adiantou que vão ser emitidas licenças para empresas americanas venderem produtos à Huawei.
Segundo o Finantial Times, os limites vão ser aliviados apenas nos produtos que não ponham em causa a segurança nacional.
Existia expectativa de um acordo que desbloqueasse a compra de produtos norte americanos por parte da Huawei, depois das sanções impostas que deixaram a empresa num limbo que afetava a sobretudo a produção de smartphones, com uso de alguma tecnologia e patentes, e a utilização do sistema operativo Android.
Durante a cimeira dos G20 Donald Trump confirmou que os Estados Unidos iam permitir os negócios com a Huawei, a pedido de muitas empresas norte americanas, mas não detalhou como isso iria acontecer, nem se a empresa iria ser retirada da lista negra.
A decisão ontem comunicada abre a possibilidade da Huawei continuar a vender os seus smartphones com o sistema operativo Android da Google, mas só se esta empresa quiser ter a licença própria para isso. O mesmo acontece com a Intel, Microsoft, ARM e muitas outras empresas norte americanas com as quais a Huawei tem parcerias.
Tudo aponta para um período de trégua para a Huawei, ligado ao abrandamento da guerra comercial com a China. Mesmo assim parece não ter sido ultrapassada a limitação de venda de produtos da Huawei nos Estados Unidos, nem da autorização para utilização da rede de telecomunicações 5G.
A Huawei já tem um plano B para contornar as sanções, e com estas condições que não são tão claras como parece poderá querer manter o desenvolvimento de cjipsets e do sistema operativo em paralelo com a retoma dos negócios com as parceiras norte americanas.
As restrições aplicadas à Huawei levaram a empresa a prever quebras entre 40% e 60% nas encomendas internacionais dos seus smartphones, como avançou a Bloomberg em junho. Em volume, as vendas a nível internacional significam uma quebra entre 40 a 60 milhões de unidades.
Nota da Redação: A notícia foi atualizada com mais informação. Última atualização 11h31.
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