A licenciatura em informática é a que garante melhores salários, nesse nível de formação, seguindo-se as licenciaturas de matemática, saúde, direito e engenharias, segundo dados de um estudo do Centro de Planeamento e Avaliação de Políticas Públicas (Planapp). A mesma análise revela que a Arquitetura, a Agricultura e os Serviços de Segurança são as áreas menos valorizadas em termos de prémio salarial, na comparação entre quem tem e quem não tem este nível de formação.
“Áreas como as tecnologias da informação e comunicação (TIC), ciências exatas e da saúde e engenharia tendem a ter prémios salariais mais elevados. Merecem também destaque, sobretudo ao nível do mestrado, as ciências empresariais e direito", detalha o documento.
Constata-se ainda que o prémio salarial associado ao facto de ter uma licenciatura tem vindo a diminuir. Em 2010 era de 47%, em 2021 tinha diminuído para os 40%, com as ciências veterinárias, da vida e as humanidades a serem as áreas mais penalizadas. Já os cursos de informática foram os que mais subiram neste ranking.
De modo geral, verifica-se que todos os anos a vantagem salarial de ter uma licenciatura tem diminuído desde o final dos anos 90 do século passado, altura em que quem tinha “um canudo”, em média, ganhava mais 56% do que quem não tinha esse nível de formação.
A realidade nos últimos anos também se alterou acentuadamente, no que se refere ao nível de formação dos portugueses. Nos últimos 30 anos, o número de pessoas com licenciatura multiplicou-se por 10, enquanto o número de trabalhadores só com o ensino básico reduziu quase para metade (de 85% para 45% do total). A percentagem de trabalhadores com mestrado também aumentou para representar em 2021 já 5,7%. Com licenciatura estavam 22,1% dos trabalhadores em 2021.
A evolução é apontada no estudo como uma das explicações para a descida, que também se verificou entre quem tem o ensino secundário. Há uma tendência inversa noutros escalões de formação.
Explica-se que nos últimos anos houve “uma redução dos prémios salariais médios associados ao ensino secundário e à licenciatura, ainda que, mais recentemente, aquele comportamento tenha sido acompanhado pelo aumento dos prémios associados ao ensino pós-secundário não superior e ao mestrado“.
Uma nota importante sobre esta conclusão é que os salários médios de quem tem formação pós-secundária aumentaram, mas apenas graças à evolução desse prémio entre os homens.
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