No final de junho o Conselho de Ministros aprovou uma resolução para o Programa de Mobilidade Sustentável para a Administração Pública 2015-2020, também denominado de ECO.mob. O projeto tem como objetivo melhorar a eficiência económica e o desempenho ambiental das deslocações associadas à Administração Pública.

Para atingir este objetivo o Estado vai incluir na sua frota 1.200 veículos elétricos ao longo dos próximos cinco anos.  Além de reduzir a “fatura ambiental”, a Administração Pública espera também poupar cerca de 50 milhões de euros.

Já o investimento total deverá rondar os 25 milhões de euros e o programa inicia oficialmente hoje, 29 de julho.

“Esta aposta depende de uma visão abrangente que inclui a revisão do modelo de carregamento elétrico, alargando e introduzindo maior concorrência na rede pública de pontos de carregamento e privilegiando o carregamento residencial e nos locais de trabalho”, pode ler-se no programa do ECO.mob.

No documento oficial da iniciativa é ainda dito que “a sustentabilidade no sector dos transportes deve tirar partido da forte componente renovável existente em Portugal”. “Para isso é necessário eletrificar os transportes, tanto ao nível das redes como da mobilidade individual”.

E o exemplo assumido pelo Estado espera-se que tenha um efeito no paradigma da mobilidade elétrica um pouco por todo o país. Este foi aliás um dos desafios identificados pelo Governo, mas não só: os incentivos fiscais na aquisição de um veículo elétrico também vão ser fundamentais na adoção por parte dos portugueses.

A questão da rede de postos de abastecimento está a ser também trabalhada. Atualmente a rede nacional tem um total de 1.200 postos de carregamento normal e 50 postos de carregamento rápido. “A expansão em curso permitirá que a rede de carregamento sirva 8,5 milhões de pessoas, correspondendo a cerca de 80% de toda a população portuguesa, espalhados em 132 autarquias”.

O programa ECO.mob vai ser acompanhado por uma entidade que será composta por elementos da Agência Portuguesa do Ambiente, Direção Geral de Energia e Geologia, Entidade dos Serviços Partilhados da Administração Pública, Instituto da Mobilidade e dos Transportes e da Agência para Energia.