Pierre Omidyar, fundador do eBay, e Redi Hoffman, um dos “pais” da plataforma LinkedIn, apostaram 10 milhões de dólares, cada um, na criação do Ethics and Governance of Artificial Intelligence Fund (Fundo de Ética e Governança da Inteligência Artificial, numa tradução livre para português), que pretende financiar investigações académica que se debrucem sobre as implicações éticas e sociais da Inteligência Artificial.

A William and Flora Hewlett Foundation e o milionário Jim Pallotta, criador da firma de investimentos Raptor Group, doaram um milhão de dólares cada.

A Knight Foundation é outro dos investidores, com uma quantia de 5 milhões, que aumenta o valor do fundo para 27 milhões de dólares.

De acordo com este parceiro, é preciso ampliar o leque de stakeholders da esfera da IA, extravasando o tradicional domínio da engenharia, levando-a a sair do âmbito empresarial e aproximá-la da sociedade e de outras áreas de conhecimento, como Filosofia, Ética e Ciências Humanas.

Informações oficiais indicam que se espera que este fundo venha a ganhar mais peso à medida que são adicionados novos nomes à lista de investidores.

Presidente da Knight Foundation, Alberto Ibargüen confessa estar convicto de que os efeitos da IA serão transversais a todos os setores de atividade e que é preciso incutir nos algoritmos que dão “vida” a esta tecnologia os valores éticos básicos que regem as sociedades humanas.

Além disso, acrescenta que é preciso equacionar todos os possíveis impactos que a IA terá ao nível e minimizar as consequências negativas.

A robótica e a Inteligência Artificial andam de “mãos dadas” e já se posicionaram enquanto tendências tecnologias marcantes e que vão reconfigurar o mundo como agora o conhecemos.

A dimensão do seu potencial é tal que a própria União Europeia está a equacionar a possibilidade de criar uma “agência europeia” que regule e estabeleça padrões de segurança e ética nestas duas esferas da tecnologia.