Durante o ano de 2006 as vendas de computadores pessoais não deverão ultrapassar os 234,5 milhões de unidades, num crescimento de 10,7 por cento em relação ao ano de 2006. A Gartner estima assim uma redução das taxas de crescimento neste sector, resultando do fim do ciclo de substituição de computadores desktop que atingiu o seu pico em 2005, uma estimativa partilhada pela IDC.

No ano passado as consultoras foram revendo sucessivamente as previsões de venda de computadores pessoais perante crescimentos acima do esperado nos vários trimestres. No total, os valores da Gartner mostram um crescimento de 15,5 por cento face a 2004, quando as análises do início do ano apontavam para números muito mais conservadores.

Segundo a consultora, durante este ano o segmento de computadores portáteis vai também crescer menos do que no ano passado, limitando-se a 31,4 por cento, um facto que associado à desaceleração da substituição de computadores desktop irá afectar a taxa global de crescimento do mercado de PCs.

O efeito é mais visível nos mercados maduros, sobretudo nos Estados Unidos e na Europa Ocidental, onde se espera uma subida nas vendas na ordem dos 8,6 por cento. Para compensar, os mercados emergentes devem registar uma subida de 19,5 por cento.

Os números avançados pela IDC são semelhantes aos da Gartner, com uma previsão de 10,5 por cento de crescimento de vendas face a 2005, dinamizado pelo crescimento na zona da Ásia-Pacifico e mercados emergentes. A consultora avança ainda que no ano de 2007 os valores devem manter-se ao mesmo nível de 2006, sofrendo uma influência positiva da entrada do novo sistema operativo da Microsoft no mercado.

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