Google faz cortes em equipas de programadores duas semanas antes da conferência I/O 2024

Informações partilhadas nas redes sociais indicam que a Google voltou aos despedimentos, reduzindo as equipas de Python, Flutter e Dart.

A notícia de que a Google demitiu funcionários das equipas de Python, Flutter e Dart surge a poucas semanas do encontro anual de programadores da empresa, agendado para 14 de maio.

A informação foi avançada em primeira mão pelo TechCrunch, que refere posts partilhados pelos visados no Reddit, no X (ex-Twitter), no Mastodon, no fórum Hacker News, entre outros, desde segunda-feira. O TechCrunch confirmou junto da Google estas dispensas mas a empresa não especificou quais foram as equipas afetadas, os cargos ou quantas pessoas irão embora.

“Estamos a investir de forma responsável nas maiores prioridades da nossa empresa e nas oportunidades significativas que temos pela frente”, disse ao TechCrunch o porta-voz da Google Alex Garcia-Kummert. A empresa esclareceu que os despedimentos não foram generalizados, mas resultaram de uma reorganização que faz parte do curso normal da atividade. Os funcionários afetados poderão candidatar-se a outras funções em aberto, referiu a fonte da Google.

Os despedimentos surgem numa altura em que a generalidade das gigantes tecnológicas apresenta resultados positivos. A Microsoft apresentou lucros de 21,9 mil milhões de dólares (cerca de 20,4 mil milhões de euros), um crescimento homólogo de 20% em termos homólogo.

A própria Alphabet, dona da Google, anunciou lucros de 23,66 mil milhões de dólares (22,13 mil milhões de euros) no primeiro trimestre de 2024, representando um crescimento de 57,21% em termos homólogos. O volume de negócios aumentou 15,4% face na mesma comparação e situou-se nos 80,54 mil milhões de dólares (75,34 mil milhões de euros).

Em janeiro terão já saído da Google algumas centenas de colaboradores, das áreas de engenharia e hardware. Os despedimentos acabaram por motivar uma comunicação interna do CEO da companhia, Sundar Pichai, a dizer aos colaboradores que ao longo do ano seriam feitos mais cortes.

No início do ano passado, a Alphabet anunciou 12.000 despedimentos. Não se prevê nada da mesma magnitude este ano. Só ajustes mais pontuais em diferentes áreas, que poderá materializar-se nesta dispensa de programadores.