Como já vem sendo recorrente, as empresas do mundo tecnológico e as fabricantes de carros estão a traçar alianças para incentivar a produção de automóveis que se conduzem sozinhos. Embora não exista um consenso no que toca a uma data específica, grande parte das previsões apontam para que o início da próxima década a chegada, em massa, dos carros autónomos às estradas do mundo.

Agora, surge mais uma prova da relação simbiótica que cada vez mais notória entre tecnológicas e fabricantes automóveis.

A Honda revela que está em negociações com a Waymo, a empresa responsável pelos projetos de condução da Google, para desenvolver carros que se conduzam sozinhos. Segundo um comunicado oficial, a empresa japonesa explica que é uma parceria em que todos ganham e que prevê a integração dos sensores e software da Waymo nos seus veículos.

Numa fase inicial, calcula-se que a fabricante de Tóquio entregue à Waymo alguns dos seus carros, especialmente modificados para acolherem os programas da parceira. Estes veículos vão depois ser integrados na frota de carros autónomos já existente da empresa da Google e que já percorrem algumas cidades dos Estados Unidos.

Caso as partes interessadas cheguem a um acordo, os engenheiros da Honda em Silicon Valley e em Tochigi, no Japão, vão passar a trabalhar “lado a lado” com os seus colegas da Waymo, diz a empresa nipónica.

A Google passou este mês a tutela dos seus projetos de condução autónoma para a sua nova subsidiária Waymo. O foco já não é na produção de um veículo propriamente dito, mas sim no desenvolvimento de tecnologia que permita aos carros deslocarem-se sem precisarem de alguém atrás do volante.

Apesar de ter sido recentemente dada a conhecer ao mundo, a Waymo já anunciou um acordo com a Chrysler semelhante ao que está a ser trabalhado com a Honda. O resultado desta aliança deverá ser o modelo Waymo Chrysler Pacifica, que tem data de estreia agendada para 2017.

As parcerias entre tecnológicas e fabricantes automóveis pretendem juntar o melhor dos dois mundos e potenciar o know-how de empresas renomadas nas suas respetivas indústrias. Assim, pode acelerar-se o desenvolvimento de carros autónomos e cada uma das partes faz aquilo que melhor sabe.