A Intel pode anunciar em breve a compra de um fabricante israelita de chips, com unidades de produção de semicondutores em vários países. A informação está a ser avançada pelo The Wall Street Journal, que aponta um investimento de 6 mil milhões de dólares para o negócio que, a confirmar-se, pode ser anunciado nos próximos dias.
A empresa em questão é a Tower Semiconductor que produz chips para diferentes indústrias, como o mercado automóvel, ou para equipamentos industriais e na área da saúde. A companhia tem sete fábricas, distribuídas por Israel, Itália, Estados Unidos e Japão e está avaliada em 3,6 mil milhões de dólares.
Recorde-se que a Intel lançou no ano passado uma nova unidade, a Intel Foundry Services, a partir da qual quer desenvolver chips para terceiros, um plano ambicioso que encaixa também no objetivo de reforçar a sua própria capacidade de produção e que tem por base um investimento de 20 mil milhões de dólares. O programa arrancou com o anúncio em março da construção de duas fábricas no Arizona e também há investimentos importantes previstos para a Europa.
A Tower está apenas neste negócio, desenvolvendo circuitos integrados só para terceiros, um segmento onde a Intel tem vindo a reforçar o interesse em se afirmar. No verão passado o WSJ avançava que a empresa estava em conversações para comprar a GlobalFoundries, um spin-off da AMD. O negócio acabou, no entanto, por não acontecer. Pela mesma altura a empresa confirmava outro acordo importante nesta área, avançando que ia passar a produzir os chips da Qualcomm e para os centros de dados da Amazon (AWS).
Recorde-se que em março do ano passado a Intel revelou uma nova estratégia para recuperar a liderança do mercado, que assenta em três áreas-chave: produção interna, que continuará a servir de eixo orientador ao negócio da empresa; consolidação de acordos alargados com as fábricas de marcas parceiras, como é o caso da TSMC, Samsung e GlobalFoundries, de onde continuarão a sair os produtos que fazem parte da oferta nuclear da Intel para o segmento da computação, que a empresa não tem capacidade para produzir. Uma terceira área desta estratégia apoia-se na nova unidade Intel Foundry Services, que vai produzir chips x86, Arm e RISC-V para terceiros.
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