A Intel tem uma nova estratégia para liderar o mercado de produção de chips e para recuperar o terreno perdido em relação a rivais como a TSMC e Samsung até 2025. A fabricante norte-americana, que apresentou no evento Intel Accelerated um conjunto de novas tecnologias, anunciou que vai começar a produzir chips para a Qualcomm e para os data centres AWS da Amazon.
O plano da Intel passa pelo desenvolvimento de cinco tecnologias-chave que prometem mudar a forma como os transístores são concebidos e como interagem entre si. Em destaque está a tecnologia RibbonFET, com um novo design de circuitos para transístores, que dará à fabricante a possibilidade de desenvolver chips de menores dimensões, mas mais poderosos. Já a tecnologia PowerVia ajudará a gerir o consumo de energia dos transístores.
Entre as mudanças anunciadas, a Intel revelou que vai deixar de designar os chips que produz com base em nanómetros. Assim, a fabricante vai passar a classifica-los tendo em conta as melhorias realizadas.
Por exemplo, os chips de sete nanómetros que produz contarão agora com a designação Intel 4. De acordo com a Intel, as tecnologias RibbonFET e PowerVia serão integradas em novos chips, chamados Intel 20A que serão lançados em 2024.
Recorde-se que, ainda em março deste ano, Pat Gelsinger, CEO da Intel, tinha anunciado que a empresa tinha planos para fabricar mais chips para outras marcas, numa estratégia que seria consolidada através da construção de duas novas fábricas e da inauguração de um novo departamento que seria responsável por gerir os negócios de outsourcing de produção.
A decisão faz parte de uma nova estratégia para as divisões de design e produção da empresa composta por três partes. A primeira, a produção interna, continuará a servir de eixo orientador do negócio da empresa. Já a segunda passa pela a consolidação de acordos alargados com fábricas de marcas parceiras, que serão responsáveis por desenvolver produtos que fazem parte da oferta da Intel para o segmento da computação já a partir de 2023.
A terceira parte fica marcada pela criação de um novo departamento chamado Intel Foundry Services, que vai operar de forma independente e terá capacidade para desenvolver chips x86, Arm e RISC-V. Através dele a empresa ambiciona integrar um serviço de produção de chips para clientes comerciais.
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