Os resultados da Intel para o último trimestre de 2004 superaram as expectativas da própria empresa, mostrando um crescimento de 10 por cento na facturação em relação ao trimestre homólogo de 2003, embora com uma ligeira quebra nos lucros para os 2,12 mil milhões de dólares. Segundo dados da própria fabricante de semicondutores, estes resultados foram impulsionados pelas vendas de processadores para servidores e computadores portáteis, para além de outros componentes de computadores pessoais.



As receitas deste trimestre elevaram-se a 9,6 mil milhões de dólares quando no último trimestre de 2003 se tinha registado uma facturação de 8,7 mil milhões de dólares. Numa conference call, o director financeiro da Intel afirmou que no quarto trimestre do ano o crescimento da empresa tinha sido sólido.



Recorde-se que a Intel tinha colocado as suas expectativas de receitas entre os 9,3 e os 9,5 mil milhões de dólares para este trimestre.



Paul Otellini, presidente da Intel, afirmou em comunicado que o crescimento na venda de processadores foi global, com o mercado norte-americano a aumentar 14 por cento enquanto a Europa e Médio Oriente subiam 21 por cento. Já a região de Ásia/Pacífico registou subidas de 27 por cento, distinguindo-se a China e a Índia com crescimentos de 26 e 45 por cento, respectivamente.




Mais uma vez a divisão de negócios de arquitecturas, que inclui a área dos PCs, chipsets e motherboards, foi o principal motor da facturação da empresa, que revelou ter conseguido vendas recorde de processadores móveis e outros componentes para notebooks. O grupo de comunicações revelou perdas operacionais no trimestre, embora as memórias flash e módulos Wi-Fi tenham registado resultados de vendas mais elevados.



No total do ano a Intel reportou vendas de 34,2 mil milhões de dólares e lucros de 7,5 mil milhões, comparado com ganhos de 5,6 mil milhões de dólares em 2003 e 30,1 mil milhões de dólares em vendas.



Para o primeiro trimestre do ano de 2005 a Intel prevê receitas entre 8,8 e 9,4 mil milhões de dólares, numa quebra normal para os três primeiros meses após o pico de vendas que ocorre perto do Natal.


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