A Intel decidiu parar totalmente as atividades da Rússia, em reação às informações reveladas esta semana sobre a ocupação russa na cidade ucraniana de Bucha e as suspeitas de crimes de guerra praticados pelos militares que ocuparam a região. A medida afeta 1.200 colaboradores, que a fabricante de chips mandou para casa, mas a quem continua a pagar salário, garantiu já o porta-voz da empresa, William Moss, citado pela News.com.
Recorde-se que a Intel já tinha deixado de enviar produtos para a Rússia, anunciou a 3 de março que ia deixar de expedir mercadoria para o país, chips principalmente, uma medida que estendeu à Bielorrússia. Manteve no entanto a trabalhar as equipas locais, essencialmente compostas por programadores e pessoal administrativo. A Intel tem presença na Rússia desde o ano 2000, com escritórios na cidade de Nizhny Novgorod, agora interrompe também essas atividades.
"A Intel continua a juntar-se à comunidade global na condenação da guerra da Rússia contra a Ucrânia e no apelo a um rápido regresso à paz. Com efeito imediato, suspendemos todas as operações comerciais na Rússia. Isto segue-se à nossa decisão anterior de suspender todos os envios para clientes na Rússia e Bielorrússia”, refere uma declaração emitida pela empresa.
“Estamos a trabalhar para apoiar todos os nossos colaboradores nesta difícil situação, incluindo os nossos 1.200 colaboradores na Rússia. Também implementámos medidas de continuidade de negócio para minimizar disrupções nas nossas operações globais”.
Na lista de outras companhias solidárias com o bloqueio à Rússia estão centenas de organizações, muitas da área da tecnologia. No mercado de semicondutores, por exemplo, a Nvidia, Qualcomm e a AMD também pararam em março as vendas para a Rússia e suspenderam a atividade no país. Também aqui os colaboradores foram, em regra, mantidos e, sempre que possível, reposicionados para dar apoio a projetos fora da Rússia.
Entre as primeiras empresas a avançarem com sanções à Rússia e limitações locais nos serviços prestados estiveram as empresas de internet como o Twitter, Facebook e Instagram, que acabaram por ser bloqueadas pelo regime.
Uma pesquisa recente analisou os custos económicos associados aos bloqueios online na Rússia, que afetam tanto empresas locais, como as empresas estrangeiras que os fazem, e estima que tenham já atingido os 1,36 mil milhões de dólares. Os meus cálculos mostram que foram afetadas 113 milhões de pessoas desde que a guerra começou por estas medidas e que a procura por serviços de VPN disparou tanto na Rússia como na Ucrânia.
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