A Intelsat confirmou ontem que abandonou as negociações para adquirir a sua concorrente europeia Eutelsat, que também actua no mercado das comunicações por satélite, divulgou o jornal norte-americano Washington Post.
Citando um porta-voz da companhia de Washington, este órgão referiu que a Intelsat irá procurar alternativas para expandir o seu negócio.

Enquanto que a Intelsat é especializada na transmissão de chamadas telefónicas por satélite, a parisiense Eutelsat é uma organização de transmissão de vídeo por satélite com um maior peso no mercado europeu. A entidade que resultasse da conjugação destas empresas seria a maior companhia de satélites em todo o mundo.

A probabilidade do acordo se realizar diminuiu ao longo das últimas
semanas, devido ao facto de a Eutelsat não ter respondido à oferta final da Intelsat. Esta última companhia espera finalizar alguns acordos nos próximos meses. As duas empresas foram durante muito tempo organizações
intergovernamentais propriedade das maiores operadores de telecomunicações do mundo. Nos últimos meses, os principais accionistas da Eutelsat, a France Telecom e a Deutsche Telekom, venderam as suas acções. A Telecom
Italia já tinha vendido a sua parte na Eutelsat em 2001.

O fim das negociações para a fusão entre a Intelsat e a Eutelsat não
surpreendeu muito a indústria do sector. Numa conferência sobre satélites que decorreu em Washington no início deste mês, Giuliano Berretta, presidente e director executivo da Eutelsat revelou não estar interessado na fusão da companhia com uma empresa de dimensão internacional.

A operadora europeia já tinha sido anteriormente cobiçada pela PamAmSat, uma firma do estado norte-americano do Connecticut especializada na transmissão de
vídeo, mas que recuou na sua posição, argumentando que o processo de
negociação em separado com a gestão da Eutelsat e com os seus vários
accionistas era demasiado complexa.

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