A nova juíza do caso legal antitrust da Microsoft ordenou ontem que o Departamento de Justiça do governo dos Estados Unidos e a gigante de software a entrarem em negociações intensivas no sentido de estabelecerem um acordo que termine esta batalha jurídica que já dura há quatro anos, noticiou a Associated Press.



A juíza distrital Colleen Kollar-Kotelly concedeu a ambas as partes o prazo de 2 de Novembro para alcançar um pacto, afirmando que as conversações deverão prosseguir "24 horas por dia, sete dias por semana"



A magistrada - que herdou este Verão o caso depois de o Tribunal de Apelo ter rejeitado a decisão do juiz Thomas Jackson de dividir a companhia em duas e decidido que a Microsoft prejudicava a concorrência e restringia as escolhas dos consumidores - salientou várias vezes que pensava que o caso devia ser resolvido pela via da negociação.



No caso de as conversações falharem, a juíza estabeleceu a data de Março para novas audiências do tribunal com vista a determinar que sanções deverão ser aplicadas para impedir violações futuras da lei antitrust - contra os monopólios - pela Microsoft. Kollar-Kotelly rejeitou também um pedido desta empresa para restringir o âmbito das penas potenciais.



O Departamento de Justiça já demonstrou que não tenciona fazer com que a Microsoft se divida, preferindo, em seu lugar, sanções menores que incluem restrições às práticas empresariais da gigante de software. As duas partes têm vindo a participar em conversações no sentido de estabelecer um acordo, mas até agora registaram-se poucos progressos. Alguns encontros foram adiados depois dos ataques terroristas em Washington e Nova Iorque.



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