A Lindows.com, que está a ser alvo de um processo judicial instaurado pela Microsoft com vista a impedi-la de utilizar nomes como "LindowsOS" e "Lindows.com" que, na opinião da empresa de Bill Gates, violam a sua marca registada Windows, decidiu contra-atacar, instaurando uma moção para anular a acção interposta pela gigante de software.



A acção da Microsoft foi interposta num tribunal do estado norte-americano de Washington, e por isso, a empresa dirigida por Michael Robertson, ex-director executivo da MP3.com argumenta que esse estado não detém jurisdição sobre a Lindows, uma vez que esta está sedeada em San Diego, no estado da Califórnia, não tem qualquer presença e não realiza qualquer actividade em Washington.



Quer a moção da Lindows, quer a da Microsoft têm audiências marcadas para 1 de Fevereiro. A Lindows.com está a desenvolver uma distribuição do Linux que irá poder correr facilmente programas do Windows. A empresa prevê lançar uma versão final do software na Primavera de 2002 por 99 dólares (110,79 euros ou 22.213 escudos). Mas antes disso, dentro em breve será lançada uma versão beta do LindowsOS.



"Pretendemos mostrar ao Tribunal a utilização generalizada do termo 'windows' ou respectivas vartiações por literalmente centenas de empresas que não são apoiadas ou patrocionadas pela Microsoft. O facto de a Microsoft ter optado por não processar essas companhias demonstra que a sua verdadeira motivação neste caso é impedir a concorrência de lançar no mercado uma nova tecnologia prometedora que ameaça o seu monopólio obtido de uma forma ilegal", afirmou Robertson.



No documento que serviu de base à acção legal apresentada, a Microsoft exigiu que a Lindows.com entregasse toda a sua base de dados de nomes, endereços de email e moradas físicas relativas a entidades interessadas no futuro sistema operativo, refere o comunicado divulgado pela start-up.



Comentando esta exigência da empresa de Bill Gates, Michael Robertson afirmou: "Não estamos satisfeitos com o facto de que uma empresa conhecida pelas suas práticas de negócio ilegais tenha tomado esta decisão desnecessária de exigir o acesso à nossa base de dados. Apesar das suas garantias de que não iria ser utilizada para qualquer fim não relacionado com este caso, alertámos os nossos utilizadores das acções da Microsoft e acreditamos que isto é mais uma forma de a Microsoft tentar intimidar uma potencial concorrente."


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