A PT apresentou um lucro de 63,7 milhões de euros no terceiro trimestre fiscal de 2012, resultado que corresponde a uma queda de 28,8% face a igual período do ano passado. O resultado ficou em linha com as estimativas de 10 casas de investimento consultadas pela agência Lusa que esperavam lucros de 63 milhões de euros.

As receitas da empresa entre julho e setembro ascenderam a 1,64 mil milhões de euros, menos 6,2% que as receitas registadas no terceiro trimestre de 2011. O EBITDA (lucro sem dedução de juros, impostos, depreciações ou amortizações) foi de 587,8 milhões de euros, uma descida face aos 654,2 milhões de euros registados em período homónimo do ano passado. Ainda assim a queda do EBITDA superou os resultados previstos pelos analistas.

A Portugal Telecom conseguiu reduzir os custos operacionais em 3,8% no espaço de um ano, tendo gasto 1,05 mil milhões de euros no terceiro trimestre de 2012. A tecnológica portuguesa aumentou o Capex (investimento de capital) para os 368,1 milhões de euros, num crescimento de 28,8% relativamente a 2011.

O resultado líquido por ação foi de 7 cêntimos, abaixo dos 10 cêntimos registados no terceiro trimestre do ano transato.

Primeiros nove meses do ano

Entre janeiro e setembro, as receitas da PT foram de 4,41 mil milhões de euros, num crescimento de 12,9% ano-após-ano, enquanto os custos operacionais também aumentaram face a 2011, cerca de 18%, para os 3,25 mil milhões de euros. O lucro nos primeiros nove meses do ano desceu 37,5% para os 188,9 milhões de euros, quando em 2011 e em igual período os ganhos líquidos da empresa eram de 301,5 milhões de euros.

O aumento nas receitas é justificado pelo "impacto da consolidação proporcional da Oi e da Contax no primeiro trimestre de 2012", pode ler-se no comunicado enviado pela PT à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Apesar do crescimento das receitas a PT refere que "as receitas dos negócios de telecomunicações em Portugal diminuíram 6,1% face aos primeiros nove meses de 2011", com quebras tanto no setor empresarial como no setor privado.

A quebra no setor das telecomunicações foi "compensada" pelas receitas do segmento residencial "impulsionado pelo forte desempenho da oferta triple-play do Meo", explica a empresa no comunicado.

Apesar das perdas líquidas no espaço de um ano, a empresa aumentou o EBITDA em 4,5% para 1,73 mil milhões de euros. Por sua vez o Capex dos primeiros nove meses ascendeu a 890 milhões de euros.


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