Usar o telemóvel para pagar contas ou para aceder a serviços pagos de valor acrescentado para o cliente é uma funcionalidade há muito anunciada, mas até à data pouco significativa em termos de receitas. Segundo um estudo recente este pode ser um cenário em vias de mudança, beneficiando do aparecimento de conteúdos móveis mais ricos e da afirmação de um segmento de utilizadores entusiastas.



Uma análise do Grupo ARC aponta um elevado potencial de crescimento para este tipo de serviços nos próximos anos avançando com uma estimativa de receitas de 50,7 mil milhões de dólares para 2009. À cabeça estarão serviços de entretenimento, tipicamente consumidos pelos segmentos mais jovens, acompanhados por um crescimento generalizado da utilização do telemóvel como meio de pagamento.



Segundo o mesmo documento, o impulso que o segmento jovem deverá dar nos próximos anos ao desenvolvimento do m-commerce e dos serviços de dados móveis, será fundamental uma vez que solidificará a confiança no mercado.



O estudo defende que o segmento jovem poderá vir a gastar mensalmente 173 dólares neste tipo de serviços, com destaque para os utilizadores de cartões pré-pagos que tenderão a usar os seus terminais como dispositivo de débito, evitando o acesso às suas contas bancárias para realizar operações de pagamento. Entre as áreas de maior utilização do telemóvel como meio de pagamento a consultora aponta o comércio, o retalho ou a compra de bilhetes de viagem.



A ARC sublinha no entanto, que para integrar esta cadeia de valor os seus vários intervenientes terão de considerar um conjunto de investimentos necessários, onde se incluem custos de infra-estrutura, normalização ao nível do software e hardware e enfrentar algumas questões regulatórias.



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