O mercado português de telemóveis e smartphones caiu 12% no último semestre deste ano, contrariando aquela que foi (ainda que ténue) a tendência registada a nível europeu, revela uma análise da GfK hoje divulgada.

Segundo a empresa de estudos de mercado, os smartphones continuam a ganhar espaço aos telemóveis, apresentando um crescimento de 43 por cento, enquanto no segmento dos telemóveis as vendas caem 19 por cento. Na análise global, o saldo é, no entanto, negativo.

A tendência para um decréscimo das vendas vem-se verificando desde 2009, mas nos primeiros seis meses do ano acentuou-se, nota a empresa de estudos de mercado, realçando no entanto no mercado tecnológico globalmente considerado o panorama é outro.

Quando consideradas as vendas de "todos os produtos tecnológicos", as estimativas apontam para um mercado a acabar o ano de 2011 em crescimento. Ainda que menos acentuado que um ano antes. "Em 2010 cresceu 19 por cento e para 2011 estima-se que o crescimento seja da ordem dos seis por cento", detalha o comunicado de imprensa.

A nível mundial a tendência também de crescimento, com os smartphones a deterem a maior quota de mercado, relegando para segundo plano equipamentos como os televisores, LCDs, PCs e portáteis. Ainda assim, a evolução mais significativa, face ao período homólogo, foi registada no segmento dos tablets.

Os números fazem parte da 14ª Conferência GfK sobre Tecnologias de Informação Telecomunicações, Entretenimento e Livros, que analisa dados sobre estes mercados recolhidos no primeiro semestre de 2011.

O estudo revela também o Android continua a ganhar terreno entre os smartphones, segmento que lidera com 36% da quota de mercado - roubando o lugar que era do Symbian no primeiro semestre de 2010.

Em 12 meses o sistema operativo móvel da Google "triplicou o seu market share, crescendo em todos os segmentos de preço de equipamentos", destacam os analistas. A tabela é agora composta pelo Android à cabeça (36%), seguido pelo iOS, da Apple (23%), e com o sistema operativo da Nokia a ocupar a terceira posição (18%).

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