A Meta, dona do Facebook, foi condenada ao pagamento de uma indemnização de 175 milhões de dólares a uma outra empresa norte- americana, por alegada violação de patentes e a título de royalties. A empresa em questão é a Voxer, que em 2011 lançou a aplicação Walkie Talkie, com base em tecnologia proprietária.
A companhia queixa-se que esta tecnologia é usada nos serviços lançados quatro anos mais tarde por duas empresas da Meta, que à data ainda não tinha sido constituída como holding do grupo criado por Mark Zuckerberg: o Instagram Live e o Facebook Live.
A empresa também alegou que algum tempo após o lançamento da sua aplicação foi contactada pelo Facebook para discutir uma possível parceria, que não chegou a avançar por falta de consenso em relação aos termos de um acordo, mas durante o processo motivou a partilha de informação sobre a tecnologia e o portefólio de patentes da tecnológica.
O tribunal do Texas que apreciou o caso concluiu que há evidências suficientes para considerar válidas as acusações da Voxer. A Meta tem um entendimento diferente e já garantiu que vai recorrer da decisão. “Acreditamos que as provas em julgamento demonstraram que a Meta não infringiu as patentes da Voxer", defendeu um porta-voz da empresa em declarações ao TechCrunch, confirmando a intenção de recurso.
A tecnologia da Voxer foi desenvolvida pelo seu fundador, Tom Katis, que se inspirou nas dificuldades de comunicações do exército americano no Afeganistão, que teve oportunidade de confirmar enquanto prestou serviço como militar naquele país, como contou o próprio ao TechCrunch. As tecnologias em questão são para comunicações de voz e vídeo em direto.
A empresa refere ainda que em 2016 chegou a reunir com o responsável de produto do Facebook Live para falar sobre o assunto, mas que já na altura a Meta rejeitou chegar a um acordo com a Voxer.
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