A Microsoft quer maior transparência na forma como está a conduzir o processo de revisão das suas políticas discriminatórias. Para tal contratou uma empresa de advogados independente para rever a eficácia das suas práticas e políticas de discriminação de género e abusos sexuais. No documento, a gigante tecnológica diz que a medida vai de encontro à resolução encontrada com o quadro de aconselhamento durante o encontro anual de acionistas no ano passado.

A empresa reconhece a importância destes problemas com os empregados, acionistas e outros interesses, por isso decidiu que uma empresa externa poderia endereçar todas as propostas apresentadas na reunião. E promete no fim dessa revisão, publicar de forma transparente o relatório aos seus empregados, acionistas e público em geral, estimando a conclusão na primavera.

O presidente Satya Nadella afirmou que esta é uma oportunidade para continuar a melhorar. “A nossa cultura continua a ser a nossa prioridade número um e todo o quadro da direção aprecia a importância crítica de um ambiente seguro e inclusivo para todos os empregados”. Assume ainda o compromisso não só de rever o relatório, mas aprender com os abusos para continuar a melhorar a experiência dos seus empregados.

Entre os tópicos que vão ser revistos pela empresa independente, vai ser publicado o relatório transparente para avaliar a eficácia das políticas referidas de abusos sexuais e discriminação de género no local de trabalho, mas também a formação e outras políticas associadas. O relatório vai incluir o email coletivo dos empregados de 2019 sobre as suas preocupações, os respetivos passos dados para responder às mesmas, assim como passos adicionais para reforçar salvaguardas.

O documento refere ainda que o relatório vai resumir os resultados sobre as investigações acerca de abusos sexuais durante o mesmo período de tempo contra membros do quadro de diretores e equipa de liderança sénior da Microsoft, incluindo as alegações que envolveram Bill Gates em 2019.

Vão ser também revistos os passos necessários a serem tomados para responsabilizar empregados, incluindo os executivos, pelas práticas referidas anteriormente. O relatório vai ainda incluir dados sobre o número de casos investigados e respetiva resolução.

Além da resolução interna, a Microsoft espera que a sua análise sirva de benchmark para as melhores práticas adotadas por outras empresas, com o objetivo de identificar oportunidades adicionais para melhorar o ambiente de trabalho.

A empresa de advogados contratada foi a Arent Fox, experiente neste tipo de assuntos e nunca esteve envolvida em representar a Microsoft em assuntos com empregados.