
A poeira ainda não assentou sobre o longo processo de aquisição da Activision Blizzard pela Microsoft, representando o maior negócio da tecnologia de sempre, por 69 mil milhões de dólares. Foi no dia 13 de outubro de 2023 que Phil Spencer, o patrão da Xbox dava as boas-vindas à gigante dos videojogos dizendo que “era um bom dia para jogar”. Este dia 25 de janeiro será provavelmente o “pior dia para jogar” para pelo menos 1.900 trabalhadores da divisão de gaming da Microsoft, que inclui a Xbox e a Activision Blizzad, numa redução de perto de 8% dos 22.000 trabalhadores, três meses depois da gigantesca operação de aquisição.
A maioria dos despedimentos são da Activision Blizzard, mas afetam alguns da Xbox e da Zenimax, a casa-mãe da Bethesda, segundo o The Verge, que teve acesso ao memorando interno de Phil Spencer. Na carta é referida que meses depois da aquisição da empresa era preciso alinhar a estratégia e execução do plano para 2024, com uma estrutura de custos mais sustentável para suportar o seu negócio. Foram criadas prioridades e identificadas áreas sobrepostas.
“Estamos agradecidos por toda a criatividade, paixão e dedicação que trouxeram para os nossos jogos, jogadores e colegas”, lê-se na carta de despedida de Phil Spencer, prometendo as devidas indemnizações aos afetados.
A decisão de despedimentos teve impacto interno na direção da Blizzard e o seu presidente Mike Ybarra decidiu deixar a empresa. A notícia foi avançada por Matt Booty, presidente de conteúdos de gaming e dos estúdios da Xbox. “Foi um dia incrivelmente difícil e a minha energia e suporte estará focada em todas estas pessoas impactadas – este não é de forma nenhuma o reflexo do vosso trabalho fantástico”, disse na sua conta da rede social X, prometendo ajudar quem precisasse. Mas deixa a mensagem igualmente à comunidade, referindo ser o seu último dia na Blizzard. Depois de mais de 20 anos na Microsoft e ter observado o processo de aquisição da Activision Blizzard como presidente da editora de World of Warcraft, afirma que chegou a vez de voltar a ser um fã do estúdio visto de fora. O próximo presidente da Blizzard será anunciado na próxima semana. Também Allen Adham, líder de design da Blizzard também saiu da empresa.
Os despedimentos da Blizzard tiveram já impacto num novo jogo de sobrevivência que estava a ser produzido pelo estúdio, ainda numa fase preliminar, que foi revelado na última BlizzCon numa breve forma de teasing. Os elementos da equipa que não perderam o emprego foram relocados para outros projetos.
Este primeiro mês de janeiro está a tornar-se uma cópia semelhante ao período homólogo de 2023, em que a indústria tecnológica afina agulhas para o novo ano. Só na primeira quinzena de janeiro foram despedidos mais de 7.500 funcionários, incluindo os cortes de centenas de trabalhadores da Google e quase 500 da Amazon, incluindo a plataforma de streaming Twitch. Nos últimos dias foi anunciado que o eBay despediu 1.000 funcionários, correspondente a 9% da sua mão-de-obra; A Riot Games despediu 11% da sua força de trabalho, correspondente a 530 trabalhadores e também o TikTok dispensou cerca de 60 pessoas. Nos próximos dias a Alphabet e a Amazon poderão despedir ainda mais trabalhadores.
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